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Dízimo não é obrigatório segundo maioria de líderes evangélicos, revela pesquisa

Comentários (2)
  1. Ketelyn Barros da Costa disse:

    oi malukinha!!!! ti adoro minha filha.

  2. Hubner disse:

    O dízimo, segundo a Palavra de Deus

    Em nenhum lugar nas Escrituras Sagradas você vai encontrar pessoas devolvendo dízimos em dinheiro. Na Bíblia, o dízimo está associado a cereais e rebanhos, ou seja, frutos da terra em geral. Antes do período da lei, Abrão (mais tarde chamado Abraão) deu os dízimos dos bens que havia conquistado dos inimigos (Gênesis 14:16-20) durante uma batalha. Melquesedeque saiu ao encontro de Abraão porque era rei de Salém, e recebeu o tributo. Isso aconteceu uma única vez e não há mais registros de que Abraão tenha dizimado depois.

    Quando as Escrituras Sagradas começaram a ser redigidas (por volta do ano 1500 antes de Cristo), o dinheiro (em hebraico כסף) já existia, conforme Gênesis 17:12, Deuteronômio 14:25, Êxodo 12-44, Números 3:49, 1 Reis 21:2, etc. Apesar disso, o povo deveria seguir as determinações de Deus e dizimar apenas dos rebanhos e cereais, conforme escrito em Deuteronômio 14:22, Levítico 27:30, Êxodo 34:2; 26, 1 Samuel 8:17, etc.

    “Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR.” (Levítico 27:30)

    Desse modo, as pessoas que exerciam outras profissões, tais como artesãos (Êxodo 31:3-5), copeiros e padeiros (Gênesis 40:1-2), carpinteiros e pedreiros (II Samuel 5:11), músicos (I Reis 10:12), alfaiates (Êxodo 28:3), mestres-de-obras (I Reis 5:16), ourives, pescadores, mercadores, coletores de impostos, guardas, cozinheiros, não poderiam dar dízimos, mas apenas ofertar.

    Na Bíblia, Deus não recebeu dízimo em dinheiro, apesar de existir o dinheiro, e ninguém pode provar o contrário. Observe:

    “Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente. Comam o dízimo do cereal, do vinho novo e do azeite, e a primeira cria de todos os seus rebanhos na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher como habitação do seu Nome, para que aprendam a temer sempre o Senhor, o seu Deus. Mas, se o local for longe demais e vocês tiverem sido abençoados pelo Senhor, pelo seu Deus, e não puderem carregar o dízimo, pois o local escolhido pelo Senhor para ali pôr o seu Nome é longe demais, troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local que o Senhor, o seu Deus, tiver escolhido. Com prata comprem o que quiserem: bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada, ou qualquer outra coisa que desejarem. Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, do seu Deus.” (Deuteronômio 14:22-26)

    Como vimos, Deus não aceitaria a prata no lugar do dízimo, ou seja, o dinheiro no lugar dos frutos da terra, mas permitiria, por causa de uma longa distância, a troca do dízimo por prata, por ser fácil de transportar, mas com a condição de o dizimista (homem do campo), já no local indicado por Deus, comprar o que quiser para ali “comer do seu dízimo” e se alegrar na presença do Senhor Deus, o nosso mantenedor.

    Quem não era fazendeiro poderia colaborar com ofertas de alimentos, incenso, utensílios (Neemias 13:5) e também dinheiro:

    “E disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas santas que se trouxer à casa do Senhor, a saber, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente para a casa do Senhor,” (2 Reis 12:4)

    Algumas ofertas deveriam ser feitas obrigatoriamente em dinheiro, como a do arrolamento citado na referência acima, em obediência ao escrito em Êxodo 30:13-16.

    Consideradas essas coisas, podemos concluir que a igreja, no período atual, vem utilizando a palavra “dízimos” equivocadamente e fora do seu contexto original.

    Atualmente, muitas denominações ensinam que os crentes devem dar 10% do salário, caso desejem ter uma vida financeira abundante e intocada pelo devorador. Quem não dá o dízimo, dizem alguns, está sujeito à ação do devorador, é ladrão e está roubando a Deus. Para sustentar esse ensinamento equivocado, utilizam indevidamente o capítulo 3 de Malaquias, que não está dirigido à igreja, mas apenas à nação de Israel, sob o regime da lei (Malaquias 4:4).

    A Palavra de Deus nos ensina, no entanto, que toda maldição (inclusive a do devorador) foi desfeita com o sacrifício de Cristo (Gálatas 3:13), pelo menos para os que creem nisso. Porém se o crente ainda deseja se justificar pelas obras da lei, o tal permanece sobre o efeito de qualquer maldição (Gálatas 3:10), inclusive a do devorador.

    É importante esclarecer que o devorador não é um demônio, como alguns pensam, mas sim uma espécie de gafanhoto. Observe essa passagem:

    “O que o gafanhoto cortador deixou o gafanhoto peregrino comeu; o que o gafanhoto peregrino deixou o gafanhoto devastador comeu; o que o gafanhoto devastador deixou o gafanhoto devorador comeu.” (Joel 1:4) Nova Versão Internacional.

    As Escrituras Sagradas nos alertam para a possibilidade de passarmos até por alguns apertos. O próprio apóstolo Paulo padeceu necessidades, enfrentando até mesmo a fome, porque não tinha dinheiro:

    “porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.” (Filipenses 4:11-12)

    O profeta Malaquias não se dirigiu à igreja, do contrário Deus estaria entrando em uma irreparável contradição ao prometer bênçãos e prosperidade, mas ao mesmo tempo permitindo que os crentes, inclusive dizimistas, enfrentassem necessidades tão grandes, como as que Paulo enfrentou.

    Outra questão importante é acerca da legitimidade para receber dízimos (frutos do campo). Quem pode atualmente tomar dízimos, segundo a Palavra de Deus?

    “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.” (Hebreus 7:5)

    Portanto atualmente ninguém no mundo tem autorização, segundo a lei, para tomar dízimos do povo. Nem mesmo entre os judeus legalistas em Israel, pois não há mais templo e levitas servindo como sacerdotes.

    Considerando que o dízimo só poderia ser dado por agricultores e criadores de rebanhos, e que o Senhor Jesus Cristo cumpriu toda a lei com perfeição e sem cometer qualquer tipo de pecado, podemos concluir que Jesus não dizimou no templo e nem cobrou dízimos de qualquer pessoa por dois motivos muito simples: o primeiro é porque Ele exerceu o ofício de carpinteiro (Marcos 6:3), e não de produtor rural; o segundo é porque não pertenceu à tribo de Levi, mas a de Judá.

    “Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.” (Hebreus 7:14)

    Desse modo, é incorreto afirmar que Jesus Cristo, em Mateus 23:23, esteja cobrando dízimos da igreja. Nessa passagem, o Senhor repreendeu duramente os escribas e os fariseus por se preocuparem com as coisas mínimas da lei, mas desprezarem as que importavam mais: o juízo, a misericórdia e a fé.

    “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” (Mateus 23:23)

    Repare que o dízimo dado pelos fariseus e pelos escribas era constituído apenas de produtos do campo. Eles eram tão meticulosos que se preocupavam com coisas mínimas, mas esqueciam das mais importantes. Perceba que o Senhor Jesus não incluiu o dinheiro na relação, apesar de haver grande circulação de moedas romanas naquele tempo (Mateus 22:19-21).

    O fato de Jesus Cristo ter falado para os fariseus não omitirem o pagamento dos dízimos não dá respaldo algum para o pagamento de dízimos pelos crentes, e ainda mais em dinheiro. É preciso compreender que o Senhor Jesus está se dirigindo a pessoas que viviam sob o regime da lei.

    Dizer que a igreja deve devolver dízimos só porque a palavra dízimos apareceu no evangelho não é um argumento válido. Nem tudo que está no evangelho se aplica para a igreja ou para a sua vida. Por exemplo, o evangelho informa que o Senhor Jesus foi circuncidado ao oitavo dia (Lucas 2:21), mas isso não significa que você tenha que fazer o mesmo só porque esse texto está no Novo Testamento. Observe ainda a passagem abaixo, retirada também do evangelho:

    “E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra. Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.” (Mateus 8:2-4)

    Atualmente, se alguém é curado milagrosamente por Deus, o que recebeu a cura não precisa guardar segredo e nem muito menos pagar a oferta determinada por Moisés. Hoje ela deve contar isso para o maior número de pessoas, a fim de dar testemunho do poder do SENHOR para honra e glória de Deus.

    Para compreender as Escrituras Sagradas, é necessário obter inspiração do Espírito Santo, considerando o contexto, o momento histórico, os destinatários, costumes locais (como rasgar as vestes, lançar poeira para o alto), etc.

    Na Bíblia não existe qualquer mandamento para a igreja no sentido de arrecadar dízimos e muito menos que esses dízimos sejam dados ou devolvidos em dinheiro.

    Todavia, encontramos algumas instruções no sentido de a pessoa contribuir para socorrer os mais carentes (1 Coríntios 16:1-3). Hoje, as contribuições podem ser utilizadas para alimentar e vestir os mais necessitados, distribuir exemplares da Bíblia e mensagens de evangelismo, possibilitar a pregação da Palavra de Deus nos pontos mais distantes (existem custos), permitir o funcionamento dos locais de reunião (limpeza, água, luz, aluguel), custear a vida sem extravagâncias de obreiros (Mateus 10:10; 1 Timóteo 5:18) que vivam exclusivamente em prol da obra de Deus. Se o obreiro de Deus possuir emprego, há recomendação bíblica para que não seja pesado aos demais. Tudo deve ser feito com muita transparência e temor a Deus.

    O valor a ser destinado para a obra é pessoal (2 Coríntios 9:7), conforme a renda (1 Coríntios 16:2), liberal (2 Coríntios 9:5) e, por mais incrível que pareça, dentro das possibilidades financeiras (2 Coríntios 8:12), a fim de que não se sobrecarregue financeiramente (2 Coríntios 8:13). Leia as referências bíblicas indicadas e constate por si mesmo.

    Ao observarmos o capítulo 4 de Atos, do versículo 32 ao 35, não encontraremos qualquer indício de que a igreja primitiva devolvesse dízimos. Segundo as Escrituras Sagradas, os membros possuíam todas as coisas em comum. Quando chegava um novo convertido, este vendia suas herdades, apresentava o valor diante dos apóstolos e dos demais e imediatamente o valor era dividido entre todos, inclusive entre os membros, de acordo com a necessidade de cada um, o que justifica o fato de não haver necessitado na igreja. Esse modelo de igreja acabou muito rápido.

    Colabore com a sua congregação, ajude sua família, socorra os mais necessitados, faça tudo dentro das suas possibilidades.

    O “dízimo em dinheiro” foi inventado no século V, pela igreja Católica, embora essa prática tenha adquirido força somente a partir do século VII. É importante lembrar que a igreja evangélica surgiu da católica, o que justifica o fato de esse procedimento ter sido preservado, juntamente com alguns outros incorretos.

    Atualmente, o dízimo em dinheiro é mais comum nas Américas e em parte da Europa. No Brasil, é difícil encontrar uma congregação que não mencione o dízimo, mas isso não é motivo para não congregar.

    “Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.” (Eclesiastes 11:2)

    Espero que o Espírito de Deus possa falar melhor ao seu coração.

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