O último 05 de maio marcou 200 anos do nascimento do filósofo alemão Karl Marx, criador de teses que visavam revolucionar a sociedade através do enfraquecimento da religião, família e também da iniciativa privada, dentre outros pontos. Por ocasião dessa data, o pastor Mark H. Creech produziu um artigo resumindo a obra marxista como “doutrinas de demônios”.
O artigo de Creech foi publicado no portal The Christian Post, apontando que as teses do alemão vêm se tornando uma espécie de mantra nas universidades e têm encontrado entusiastas até mesmo dentro da Igreja.
“Princípios comunistas são doutrinas de demônios disfarçados de esperança”, enfatiza o pastor. “Enquanto a maioria de vocês leem este artigo, o Workers World Party (grupo socialista criado em 1959, nos EUA) celebrou o aniversário de Karl Marx em vários lugares do país. Marx foi o pai do socialismo e do comunismo”, contextualiza.
“Em Ezequiel, capítulo 28, a Bíblia relata a profecia […] contra o perverso rei de Tiro. Mas a maioria dos estudiosos concorda que a mensagem de Ezequiel é mais do que sobre o rei. É sobre o maligno por trás das atividades do rei, satanás. Princípios socialistas e comunistas são as doutrinas de demônios disfarçados de esperança e ajuda ao proletariado – o povo marginalizado ou da classe trabalhadora”, aprofunda Creech.
Todos os estudiosos seculares que não visam a doutrinação a partir das teses de Marx concordam que o objetivo do filósofo comunista era o estabelecimento de uma ditadura que, a partir da ideia de cuidado com os menos favorecidos, limitasse a influência da religião no pensamento social, assim como desconstruísse o modelo de família inspirado pelos valores judaico-cristãos.
“É um sistema maligno a ser temido, profundamente enraizado no engano, prometendo um ‘governo do povo’, mas entregando o despotismo. Foi responsável pela morte e empobrecimento de milhões ao longo do curso da história”, salienta o pastor, em referência aos regimes comunistas que se instalaram em partes da Europa e Ásia.
“Um artigo recente do World Net Daily observou que existe um lugar na América, no entanto, que, apesar da natureza desprezível do comunismo, ‘goza de uma popularidade desenfreada’. É um lugar onde o livro de Marx, ‘O Manifesto Comunista’, é o livro mais popular hoje em dia. Onde?, você pergunta. A resposta: nas universidades americanas”, alerta o pastor.
Esse cenário, no entanto, não é exclusivo dos Estados Unidos. No Brasil, por influência dos 13 anos de governo petista, a militância de esquerda se tornou quase que hegemônica nas universidades, principalmente as federais, formando opiniões em uma ampla base de estudantes.
O pastor Creech pontua que esse cenário vem sendo moldado pacientemente pelos seguidores de Marx: “Décadas atrás, o News and World Report dos EUA relatou que havia 10 mil professores marxistas. Alarmado? Nós deveríamos estar. Estamos vendo um ataque sem precedentes à liberdade de expressão. O ateísmo e o humanismo prosperam enquanto o cristianismo é depreciado e desprezado entre as elites intelectuais”, ressalta.
O pior dos cenários, entretanto, é a difusão do marxismo no meio das igrejas, com ativistas disfarçados de cristãos difundindo os ideais das doutrinas marxistas entre pregações e projetos.
“Falando do cristianismo, embora muitas igrejas cristãs progressistas frequentemente aplaudam e elogiem os princípios socialistas (há apenas uma pequena diferença entre o socialismo e o comunismo), a igreja tem tradicionalmente e corretamente condenado este sistema de pensamento”, comenta.
“As igrejas progressistas estão repletas de influências socialistas e comunistas. Elas vêem Jesus como um revolucionário e não como alguém que lida com o pecado da maneira tradicional, mas de uma maneira material”, esclarece o pastor, que atualmente é diretor executivo da Liga Cristã de Ação da Carolina do Norte e já atuou como dirigente de congregação por 20 anos, em cinco diferentes igrejas da Convenção Batista do Sul na Carolina do Norte e a uma Batista Independente em Nova York.