A Bíblia já foi traduzida em 2454 línguas diferentes, mas são ainda 4500 as que esperam uma tradução da Sagrada Escritura. Os dados foram revelados esta Terça-feira na sala de imprensa da Santa Sé, durante a apresentação de um inquérito internacional sobre a leitura da Bíblia, realizado numa perspectiva ecuménica.
A pesquisa foi realizada entre Novembro do ano passado e Julho do presente ano, com a finalidade de averiguar a relação da população adulta com as Escrituras.
A amostra da pesquisa foi feita em doze países: Estados Unidos da América, Inglaterra, Holanda, Alemanha, França, Espanha, Itália, Polónia, Rússia, Hong Kong, Filipinas e Argentina, com pessoas de diferentes confissões cristãs.
Segundo o inquérito, os habitantes dos EUA são os que mais lêem a Bíblia pessoalmente (75%) enquanto que na Espanha e França a frequência é só de 20%. No restante dos países europeus a média é de 30%.
A pesquisa mostra que a maioria das pessoas possuem em sua casa uma cópia da Bíblia, excepto na França (48%) e Hong Kong (só 17%).
Em relação ao tema da interpretação da Palavra de Deus, os EUA e as Filipinas foram os países que mostraram um maior interesse pelas homilias durante as celebrações litúrgicas (47% e 66%, respectivamente) enquanto que Hong Kong e França mostraram menor interesse (2% e 8%).
Ao iniciar o evento, a Sociedade Bíblica Católica e a United Bible Societies (Inglaterra) firmaram um acordo de tradução e difusão da Bíblia.
D. Vicente Paglia, Bispo da diocese italiana de Terni e presidente da Federação Bíblica Católica, um dos intervenientes neste encontro com os jornalistas, salientou que uma primeira reflexão deste inquérito confirma que a Bíblia continua a ser “o lugar mais eficaz para o encontro entre os cristãos”.
Já o Cardeal Walter Kasper, presidente do Consleho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, referiu-se referiu ao legado ecuménico das Sagradas Escrituras e à necessidade de reconciliar as diferentes tradições e buscar uma linguagem comum compreensível.
Fonte: Agencia Ecclesia