O Estado de Israel vive um período de relativa paz, visto que algumas nações árabes anunciaram recentemente o interesse de fazer acordos com a nação judia, como os Emirados Árabes e o Bahrein. Mas, nada disso é suficiente para diminuir o estado de alerta do país sobre a possibilidade de uma guerra “de surpresa”.
Considerando a quantidade de inimigos históricos devido ao conflito com os palestinos, Israel é um país que vive em estado de alerta contra ataques iminentes, o que transformou o país em uma das maiores potências militares do planeta, inclusive nuclear.
Mas, grande parte do temor com relação às Forças Armadas de Israel diz respeito ao alto grau de preparação que tem os seus militares, especialmente os da Força Aérea, uma das mais eficazes do planeta. Isso foi conquistado graças ao grande investimento tecnológico que o país faz nos seus armamentos de guerra e ao número de exercícios militares.
Recentemente, por exemplo, o país judeu realizou um mega exercício batizado de “Lethal Arrow” (Flecha Letal), envolvendo as três forças: aérea, terrestre e marítima. Pode-se ainda citar uma quarta, na qual o país se destaca mundialmente, que é a cibernética.
O objetivo do mega exercício militar de Israel foi simular uma guerra de grandes proporções no Norte do país. Segundo o Chefe do Estado-Maior das FDI, Tenente-General Aviv Kochavi, a operação se mantém necessária mesmo em um período de aparente calmaria, visto que ataques podem ocorrer de forma repentina.
“Que operações existiram entre 1956 e 1967? Onze anos sem guerra. E então veio. Vou te dizer qual é a maior ilusão. A maior ilusão é que [a guerra] ainda está muito longe. Você se preparará para que isso aconteça amanhã”, disse Kochavi em discurso para os militares.
A guerra, segundo o militar, acontece ocorre “quase sempre de surpresa. Se tenho uma mensagem básica para transmitir a você com relação a todo este assunto, é para se preparar seriamente”, destacou, segundo o Jerusalem Post.
“O objetivo do exercício é melhorar as capacidades ofensivas das FDI em todos os escalões, enquanto implementa o conceito de Vitória e gera novos procedimentos entre os principais quartéis-generais”, disseram os militares em um comunicado.