O que há por trás do crescimento do cristianismo no hemisfério sul? O Comunismo. Pelo menos é o caso da Etiópia, declara Tibebe Eshete, professor visitante na Calvin College que está escrevendo um livro sobre a explosão do Evangelho em seu país natal.
“A igreja é clandestina”, diz Tibebe sobre o período revolucionário de perseguição religiosa. “Quando as pessoas enfrentam um ambiente hostil ao seu compromisso religioso, elas fazem o que pode para mantê-lo. E isso gera nelas uma energia nova”.
O professor Tibebe Eshete se desencantou com o marxismo e se batizou em uma igreja doméstica clandestina. Semana passada, ele deu uma palestra sobre o paradoxo do crescimento da igreja na Etiópia de 1974 a 1991, período em que um regime militar marxista tentava eliminar o cristianismo do país.
Invisível
Ele lembrou que a educação religiosa fora abolida, igrejas fechadas. Muitos líderes de igrejas foram presos e outros simplesmente desapareceram.
Ainda assim, uma igreja “invisível” brotou através de pequenos grupos que louvavam em casas e cavernas.
Uma congregação fundada por missionários menonitas deu origem a 40 igrejas “invisíveis” depois que seu templo foi fechado. Uma igreja de 5.000 membros na Etiópia tinha 114.000 ao final do regime marxista.
A tentativa do Partido Comunista em criar um “novo homem socialista” acabou produzindo uma identidade nova totalmente centrada na Bíblia que se espalhou pelas missões evangélicas ao redor do país.
“A revolução dos cristãos unidos”, diz Tibebe, que agora lidera uma igreja etíope, na cidade de Grand Rapids, em Michigan. “A perseguição tornou a igreja forte e ousada”.
Fonte: Portas Abertas