O humorista Fábio Porchat, responsável pelo roteiro do Especial de Natal: A Primeira Tentação de Cristo, lançado pelo Porta dos Fundos na Netflix, tem debochado dos protestos contra a produção que apresenta Jesus como um homossexual.
Ateu, Porchat concedeu uma entrevista em que minimiza a iniciativa de cristãos em repudiar o vilipêndio do grupo humorista e ainda alfineta a fé: “Sempre achei fascinante a ideia de que as pessoas acreditam em algo que não existe, de guiarem a vida delas em cima do que elas acreditam e não pelo que elas sabem”, declarou.
“As pessoas ficam com raiva por ter mexido com o que elas acreditam e comentam coisas do tipo, ‘quero ver se vocês terão coragem de brincar com Alá e com Maomé’, e a gente fala deles também, não há problema algum. O cara quer ver a piada, ele pede, mas como ele não tem coragem de fazer, a gente faz”, acrescentou Porchat, em depoimento dado à Folhapress.
Em meio deste ano, ele já havia tripudiado sobre a Bíblia Sagrada: “Acho uma maluquice as pessoas acreditarem na Bíblia. Uma coisa é ler como uma série de histórias inspiradoras. Se as coisas mudaram de 30 anos para cá, imagina nos últimos dois milênios. Como é possível pegar um livro escrito há 2 mil anos, ler aquilo e seguir como código de conduta?”, questionou.
Reiterando sua incredulidade, Fábio Porchat deu uma amostra de seu nível de ceticismo: “Eu não acredito em nada. De Deus a astrologia, acho tudo uma grande invenção para as pessoas justificarem a existência, suportarem a vida, que é horrível. Pensa: 98% das pessoas no mundo estão f***das – se todos souberem que a vida é uma m**** e que não há nada depois dela, iam pensar só em si mesmas acima de tudo e ia virar um caos”.
Enquanto abusa da liberdade de expressão para ofender cristãos, Porchat vê crescer o movimento de repúdio à produção do Porta dos Fundos: a petição online para que a Netflix remova do catálogo o filme já conta com quase 1,8 milhão de assinaturas.