Pai de uma criança de 1 ano, Danilo Felix Vicente de Oliveira não teve a oportunidade de ver o seu filho andar pela primeira vez. Isso porque ele foi preso injustamente, após ser acusado de crimes que não cometeu. O jovem de 25 anos, no entanto, encontrou em Deus a força necessária para vencer esta situação.
Felix foi absolvido pela Justiça na última terça-feira (29), após ficar quase dois meses preso no Presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Precisamente, ele permaneceu 55 dias detido em condições precárias.
“A coisa mais valiosa que a gente tem é a família e a liberdade. Não quero passar por isso de novo. Foram 55 dias onde eu fiquei longe do meu filho, de 1 ano, e não o vi a começar andar. Também passei preso o Dia dos Pais e os aniversários da minha mulher e do meu pai (os dois fizeram aniversário 8 de agosto)”, disse o rapaz.
Durante o período preso, o jovem recorreu à fé em Deus para encontrar forças diante da situação de grave injustiça, a qual até lhe colocou em risco diante dos outros detentos da cadeia.
Às orações de Felix foram ouvidas, pois a pessoa que lhe acusou de roubo voltou atrás e admitiu em sua última audiência que a foto apresentada a ela como sendo do suposto criminoso não é a do jovem que foi detido.
“Foi uma sensação de alívio. Pedi muito a Deus para tocar no coração dele e para que a Justiça fosse feita. E ela foi feita”, disse ele, segundo informações de O Globo. Para o rapaz, ele foi vítima de discriminação racial.
Agora em liberdade, Felix tem a chance de entrar com um recurso na Justiça por danos morais e vários outros prejuízos imateriais impostos a ele devido ao erro processual, tal como o distanciamento afetivo da sua família e a humilhação pública.
“Pra mim, eu fui vítima de racismo. Mostraram uma foto antiga para que fizessem o reconhecimento do autor que seria um homem de cabelo curto. Eu usava cabelo grande com cachos há um ano. Como reconheceram a foto antiga? Quero correr atrás deste prejuízo”, conclui.