As eleições 2018 mostraram uma movimentação do eleitorado em relação aos candidatos que se valeram do título eclesiástico nas urnas, como forma de atrair votos: apenas 3,6% dos 666 postulantes que se apresentaram como pastor, bispo, padre, etc foram eleitos, o que totaliza 24 parlamentares.
Como demonstração de que a influência dos pastores sobre o voto dos fiéis é baixa, o Partido Social Cristão (PSC), foi a legenda com maior número de religiosos entre seus candidatos, e não elegeu nenhum.
Segundo informações do Uol, o levantamento dos candidatos e eleitos foi feito levando em conta apenas os que se apresentaram à Justiça Eleitoral com a profissão de “sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa” e quem usou nome com alcunhas religiosas, como “padre”, “pastor”, “apóstolo”, entre outros.
É possível que muitos líderes religiosos tenha sido eleitos, mas como não usaram o título na urna e apresentaram outra profissão (como por exemplo o pastor Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), reeleito deputado federal), terminaram de fora da contagem.
Dentre os eleitos, o que obteve maior destaque foi o pastor Sargento Isidório (Avante), primeiro lugar para a Câmara dos Deputados na Bahia com 323.264 votos. Por conta de suas declarações polêmicas, ele ficou apelidado na mídia como “Cabo Daciolo da Bahia”.
Outros pastores eleitos na Bahia foram Abílio Santana (PHS), que conquistou vaga para a Câmara; e Pastor Tom (PATRI), que venceu a disputa pela Assembleia Legislativa.
Já em Pernambuco, dois líderes evangélicos foram eleitos para a Câmara: Pastor Eurico (PATRI) e Bispo Ossésio (PRB), e um terceiro para a Assembleia Legislativa, Pastor Cleiton Collins (PP), segundo mais votado no estado, com 106.384 votos.
Em São Paulo, estado com maior número de candidatos religiosos (78), elegeu apenas um: o pastor Marco Feliciano (Podemos), que foi reeleito como o décimo mais votado para a Câmara dos Deputados, com 239.784 votos.