A Netflix lançou o filme Aquele Natal, uma animação voltada para crianças, mas o conteúdo despertou insatisfação da audiência cristã da empresa já que o filme zomba da história do nascimento de Jesus e faz piada sobre Maria abortar o bebê.
Aquele Natal foi escrito e dirigido pelo experiente cineasta Richard Curtis, de Simplesmente Amor (2003), e os diálogos mostram um completo desprezo pela tradição cristã que inspira a festa.
A sinopse do filme faz uma descrição genérica sobre uma aventura de Natal “inesquecível” no Reino Unido, mas a estória contada fala sobre um grupo de crianças rebeldes liderado por uma adolescente chamada Bernadette, que fica responsável por montar uma apresentação escolar sobre o nascimento de Jesus.
A peça, escrita por um casal de estudantes que considera a história do Natal antiquada, tem uma série de referências a elementos progressistas, descrevendo Jesus como “um cara legal” de barba e cabelos longos que é “basicamente um hipster”.
“Ele não gostaria que fizéssemos a mesma história de Natal chata ano após ano, certo, pais?”, questiona Bernadette. “Ele gostaria de um festival de diversão estritamente vegetariano e multicultural com muitas músicas pop e coisas sobre mudanças climáticas”, acrescenta a adolescente, resumindo o tom progressista do filme.
Todo esse discurso é seguido de cenas em que os pastores que testemunharam a aparição de um anjo trazendo a boa nova se dedicam a cultivar vegetais ao invés de pastorear ovelhas, e os sábios que visitaram Jesus recém-nascido são substituídos por mulheres.
De acordo com a emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), a parte mais ofensiva do filme ocorre quando a jovem que interpreta Maria com a gravidez avançada cantando Papa Don’t Preach, uma música de Madonna lançada em 1986 que fala sobre a escolha de fazer ou não um aborto.
A garota canta enquanto levanta uma melancia com um rosto esculpido nela, com a intenção de representar o menino Jesus, mas em determinado ponto outro aluno esbarra nela, derrubando a melancia das mãos da garota, deixando a plateia com respingos vermelhos.
Quando Bernadette pergunta a alguns adultos o que eles acharam da peça, a reação é negativa e um adulto diz “não acho que Jesus e piadas combinem, querida”.