Há determinadas iniciativas que não possuem outra finalidade, senão o bem da sociedade. Elas são por si mesmas bem intencionadas. Este é o caso de uma vigília organizada por policiais e pastores, nos Estados Unidos, que visa regularmente unir forças para a oração conjunta em prol das regiões onde eles atuam.
Apesar disso, uma organização jurídica de ateus, a Freedom From Religion Foundation (FFRF), entrou com uma ação no Departamento de Polícia da Louisiana para impedir que as reuniões de oração continuem.
A iniciativa dos policiais faz parte de um programa de capelania chamado “Pastores na Patrulha”, onde os líderes religiosos acompanham os policiais em algumas expedições, dando a eles suporte moral e espiritual.
“Enquanto estamos em patrulha, eles fornecem conforto e conselhos para os oficiais e os cidadãos com quem entram em contato”, explica o site do Departamento de Polícia, destacando como a parceria contribui para o melhor trabalho nas comunidades.
“Em muitos casos, a presença deles pode [desarmar] situações hostis, especialmente se os capelães estão trabalhando em uma área perto da igreja. Esses capelães são bem conhecidos e respeitados em seus bairros e servem como ligação entre a polícia e os cidadãos”, continua o site.
A FFRF, no entanto, alegou em sua justificativa que a iniciativa de oração fere a Constituição Americana, pois pode constranger os militares que não possuem fé alguma. O curioso é notar que a reclamação não partiu de nenhum militar, mas da própria organização ateia.
A militância da FFRF, que também atua patrulhando iniciativas religiosas nas escolas dos Estados Unidos, segundo informações do portal The Christian Post, parece que realmente surtiu afeito.
William Bradford, procurador de Shreveport, confirmou semana passada que o Departamento de Polícia não poderá mais organizar vigílias de oração. Todavia, os policiais poderão participar das vigílias organizadas pelos próprios moradores da região.