Como se já não bastasse a grave perseguição religiosa, os cristãos que vivem em Mianmar também estão tendo que enfrentar uma séria crise de saúde no país, onde o número de abortos tem aumentado gradualmente devido à falta de cuidados médicos adequados.
A população de Mianmar atravessa um período sombrio desde o início de uma guerra civil em fevereiro de 2021, fazendo com que os serviços de saúde do país entrasse em colapso. Como resultado, gestantes passaram a sofrer com a falta de atendimento médico adequado, fazendo aumentar o número de bebês mortos ainda no útero materno.
“O estado de Shan, em Mianmar, está testemunhando um aumento angustiante de abortos espontâneos e natimortos, já que as mães grávidas que fogem do conflito são forçadas a dar à luz em condições perigosas em selvas remotas”, informou o Christian Post.
A mídia americana reportou dados de um relatório publicado pela Humanitarian Aid Relief Trust (HART), que acompanha a situação de vulnerabilidade no país há anos. De acordo com o documento, cerca de 100.000 pessoas tiveram que fugir das suas casas apenas no estado de Shan.
Os cristãos, que são minoria, sofrem grande perseguição por parte de grupos radicais que não aceitam conversões religiosas. A maioria da população de Mianmar é budista, e o radicalismo religioso fez com que o país entrasse na 12ª posição da lista mundial de perseguição religiosa da Portas Abertas.
“Os recursos estão escassos e não fugimos por vontade própria, mas por causa da nossa segurança e de nossos familiares”, disse um morador local, conforme matéria publicada pelo GospelMais.
Ainda segundo o relatório da HART, hospitais e outros centros de saúde viram alvos dos rebeldes, agravando a crise humanitária em Mianmar. Cristãos do país pedem orações para que Deus intervenha na situação, trazendo paz e estabilidade para a região.