Conhecida por suas extravagâncias, a pastora Baby do Brasil, 62 anos, falou sobre muitas coisas de sua vida e também seus pontos de vista sobre questões muito presentes na sociedade hoje.
Baby, que retomou sua carreira secular, agora está lançando o primeiro DVD em 46 anos. “A Menina Ainda Dança”, conta com direção artística de Pedro Baby, 37 anos, seu quarto filho de um total de seis com o também músico Pepeu Gomes, seu ex-marido.
A cantora e “popstora” (como gosta de ser chamada) contou que sua conversão ao Evangelho aconteceu de forma natural para alguém que buscava uma resposta espiritual para dúvidas pessoais.
“Eu precisava saciar minhas questões existenciais e fiz uma incursão bem ‘matrix’, punk do bem. Durante minha vida inteira, eu cacei Deus. ‘Telúrica’, ‘Cósmica’, ‘Sem pecado e sem juízo’, entre outras músicas, comprovam isso. Então, tive um arrebatamento. Fui lá para cima e voltei. Aprendi a orar no topo dos montes e me tornei ‘popstora’. Meu cabelo e minha roupa revelam um jeito diferente de enxergar a vida, sem restrições. Não queria me enquadrar numa só religião. Sou evangélica, mas não a de saia longa e coque. Lancei uma nova versão para aquela famosa frase: ‘Para o mundo que eu quero subir!’”, afirmou Baby do Brasil em entrevista ao jornal Extra.
A volta aos palcos para interpretar músicas de sua carreira secular aconteceu, segundo ela, sob direção divina, para compartilhar sua nova forma de ver a vida: “Em 2010, dois anos antes de eu voltar a cantar, Deus me avisou que isso ia acontecer. Fiz um jejum para ter certeza de que aquele era o momento. Não queria retornar ao mercado por dinheiro ou fama, meu foco são as pessoas, a vida, a música. Estou de volta no futuro. E está todo mundo feliz por me ver inteira”, comentou.
Sem papas na língua, a artista falou ainda sobre homossexualidade, e reiterou que, embora respeite, não concorda: “Meu público vai para todos os lados. Tenho amigos e amigas gays, e brinco com eles que, se entrarem para a igreja, vão rever seus conceitos. Não pode ter preconceito, mas esse [fato de ser gay] não é o sonho de Deus pra gente. Só que cada um tem sua história e seu porquê, e Deus entende todos os porquês. Meu coração é de amor com todo mundo, não condeno ninguém. Mas se uma amiga minha curte mulher, falo logo para ela: ‘Homem é melhor que Disneylândia, só lamento’”, brincou.
Pessoalmente, Baby do Brasil contou ter feito uma escolha muito semelhante à da filha, a também pastora Sarah Sheeva, e se fechou à sexualidade pedindo a Deus que não a deixasse cair em tentação.
“Decidi não ter uma vida sexual livre porque, sendo pastora e expulsando demônios, comecei a entender o que acontece na hora do orgasmo. Há uma transferência de espírito muito perigosa, é o momento em que as mentes estão à deriva. Não posso dar brechas, tenho que estar forte. Decidi ter uma vida para o altar porque é isso que me dá prazer. Fiz uma oração bem forte e pedi para Deus tirar o desejo sexual de mim. Se eu for casar de novo (além de Pepeu, Baby foi casada com o músico Nando Chagas), vou transar só na noite de núpcias. Voltei a ser virgem há 16 anos. Nesse tempo todo, nem beijar na boca eu beijei, mas me permiti ser cortejada. Apareceram vários pretendentes, que viraram amigos queridos, Deus não testificou. Se falo que não transo, o cara desiste. Eu sou livre, não é caretice”, concluiu.