O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não quer o Brasil rotulado como um paraíso do turismo LGBT. A declaração foi feita durante um café da manhã com jornalistas de diferentes veículos de imprensa.
Na reunião, Bolsonaro foi questionado sobre a recusa do Museu de Nova York em sediar um evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em sua homenagem, e também sobre a decisão de remover do ar uma propaganda do Banco do Brasil que fazia alusão à homossexualidade.
Sem titubear, Bolsonaro recapitulou que há dez anos começou a “tomar pancada do mundo todo” por conta de sua oposição ao chamado “kit gay”, que era proposto à época pelo Ministério da Educação (MEC), então chefiado por Fernando Haddad (PT).
“Eu comecei a assumir essa pauta conservadora. Essa imagem de homofóbico ficou lá fora”, disse. “O Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay. Temos famílias”, acrescentou Bolsonaro, dizendo-se despreocupado com o impacto de sua postura em relação aos investimentos estrangeiros no país.
Segundo o portal O Antagonista, Bolsonaro teria enfatizado que o Brasil “não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro”.
Sobre o Banco do Brasil, o portal Uol informou que o presidente da empresa, Rubem Novaes, admitiu que foi abordado por Bolsonaro para retirar a propaganda com teor LGBT do ar. “O presidente e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. Saída do diretor de Marketing em decisão de consenso — inclusive com aceitação do próprio”, declarou o executivo, explicando a demissão do diretor de Comunicação e Marketing do banco, Delano Valentim.