Um mês após ter se desligado da Igreja Renascer, Blanche Bruno envia centenas de convites para fiéis de sua antiga igreja. O alvo principal são os líderes de baixo escalão, conhecidos na denominação como oficiais.
O convite que chega por e-mail convidando para os cultos de sua nova igreja, a Casa da Rocha, traz no corpo da mensagem o endereço eletrônico da mulher do Bispo Zé Bruno, como a primeira remetente.
Durante um culto, Zé Bruno chegou a dizer que não convidou ninguém a segui-lo. “Quem recebeu uma ligação minha ou um e-mail meu levante a mão”, disse na ocasião.
Nesta mesma linha, Blanche Bruno – que era bispa na Renascer Jardins – divulgou uma nota após sua saída da Renascer onde dizia: “Após o nosso desligamento liguei para os pastores do Jardins, pois após sete anos caminhando juntos expliquei a nossa saída sem nenhum tipo de ‘contaminação’. Não liguei para nenhum oficial, não chamei ninguém para nos acompanhar… acreditamos que nossa aliança não foi rompida porque ela está baseada no sangue de Cristo e continuamos sendo irmãos e não somos adversários, nosso adversário vocês sabem quem é, satanás”, dizia a nota.
Para Ricardo Mariano, estudioso de religião na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, esse efeito de “pescar no próprio aquário” é uma característica repetitiva dos evangélicos. Igrejas como Mundial, Internacional Graça, Bola de Neve, dentre outras, cresceram pescando fiéis de outras denominações e não através de evangelismo. “Poucos eram do meio católico, tradicional fornecedor de fiéis para denominações evangélicas”, segundo Mariano.
Fonte: Denuncia Gospel / Gospel+