Convencido de que a realidade do povo ajuda a entender o texto sagrado, o Centro Memorial Doutor Martin Luther King Jr. celebrou, nesta quarta-feira, seu vigésimo aniversário de fundação, com a alegria de ter sido merecedor da Medalha Alejo Carpentier, outorgada pelo Conselho de Estado, por seu compromisso social e presença transformadora junto aos cubanos.
A medalha foi entregue ao coordenador da instituição, Joel Suárez, em ato comemorativo no Teatro Auditório Amadeo Roldán. Na ocasião, o diretor do Centro, reverendo Raúl Suárez, recebeu das mãos do ministro da Cultura, Abel Prieto, a Distinção pela Cultura Nacional.
Ao agradecer o reconhecimento, o pastor Suárez disse que o Centro orientou os ponteiros do relógio para o sul, onde estão os povos que evangelizam. “Jogamos nossa sorte com os movimentos sociais, com os homens e mulheres de boa vontade”, frisou.
Durante a cerimônia o reverendo Joel L. King, Jr., tomou a palavra. Em nome de instituições religiosas e sociais dos Estados Unidos ele saudou o Centro por seu aniversário e citou o seu tio, o memorável lutador pelos direitos civis, quando disse que o homem aprendeu a voar como as aves e a nadar como os peixes, mas não aprendeu a arte singela de tratar os demais como irmãos.
Cinco compatriotas, prisioneiros em cárceres norte-americanos, mandaram mensagem ao Centro, em reconhecimento “pela abnegação com que dia-a-dia assumem cada tarefa inerente ao processo de construção de uma sociedade fraterna em nossa amada pátria”. Também enviaram mensagens o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, a líder indígena equatoriana, Blanca Chancoso, e o Movimento dos Sem-Terra brasileiro.
Estiveram presentes nas comemorações, entre outras personalidades, o presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, a chefe do Escritório de Assuntos Religiosos do PCC, Caridad Diego, e o religioso brasileiro Frei Betto.
Fonte: ALC