A prática do aborto é uma das coisas mais condenadas pela comunidade cristã, visto que se trata da provocação da morte de uma vida indefesa no ventre materno, algo que a Nova Zelândia deu margem para ser feito até o período do nascimento, ou seja, com o bebê completamente formado.
Em março desse ano, o Parlamento da Nova Zelândia aprovou a legalização do aborto retirando uma série de restrições durante a primeira metade da gestão, isto é, durante os primeiros quatro meses e meio. Todavia, a lei aprovada, na prática, vai além disso.
“Os membros do Parlamento também afrouxaram muito as restrições ao aborto na segunda metade da gravidez, com uma linguagem que os oponentes dizem que não tem limitações significativas até o momento do nascimento”, informou o New York Times.
Agora, como se já não bastasse a legalização da morte de crianças inocentes no útero materno, a defensores do aborto na Nova Zelândia também querem restringir a atuação de grupos pró-vida que abordam mulheres no lado de fora das clínicas abortivas.
Esses grupos, geralmente compostos por conservadores e religiosos, como os cristãos, fazem essas abordagens oferecendo auxílio para às mulheres que pretendem realizar o aborto, pois muitas buscam essa prática por dificuldades emocionais e financeiras.
Agora, segundo o Christian Institute, uma nova proposta visa criar “zonas tampão”, espaços reservados para que essas mulheres não sejam abordadas pelos grupos pró-vida.
Assim, pessoas pró-vida afirmam que se aprovada, a nova lei pode fazer com que isso “negue às mulheres apoio prático e emocional fora das clínicas de aborto”, oferecido pelos grupos conservadores.
Na prática, a proposta parece se tratar de uma tentativa de silenciar o discurso pró-vida, a fim de que apenas os grupos pró-aborto tenham acesso livre às mulheres que pensam em abortar ou estão em dúvidas sobre a prática.