Um pastor que foi acusado de abuso sexual de uma adolescente de 14 anos foi expulso pela igreja onde atuava no ministério. O crime foi cometido há 27 anos e sua condenação no caso veio à tona somente agora.
A igreja não denominacional Eternal Church, em Fort Mill, Carolina do Sul, expulsou o pastor de longa data Donald Logan depois que foi revelado que ele é um criminoso sexual registrado e condenado por má conduta sexual.
Embora alguns líderes da igreja soubessem do passado de Logan, a congregação não foi informada até que o fato foi divulgado na mídia: “Com efeito imediato, tomamos a decisão de liberar o pastor Don Logan de seu chamado como pastor da Igreja Eternal”, diz um e-mail que os anciãos da igreja enviaram à congregação em 10 de julho.
“Nossa decisão de liberar Don foi tomada com muita oração e discernimento em torno das qualificações bíblicas para supervisores da igreja”, continuou a carta, apontando para 1 Timóteo 3:1-7. “Manter Don como nosso pastor não é consistente com a verdade, sabedoria e praticidade deste texto”.
Logan foi condenado pelo crime de Classe C em Indiana em 1997, de acordo com registros judiciais revisados pelo portal The Christian Post. A vítima adolescente no caso disse à polícia que conhecia Logan porque ele costumava ser seu pastor em outra igreja. Quando ele tinha 29 anos, Logan acariciou a garota de 14 anos sob suas calças enquanto ela se sentava em seu colo e assistia a um filme na casa de um amigo.
Detalhes sobre um acordo judicial que Logan fez com o tribunal por seu crime sugerem que ele foi condenado a passar três anos na prisão e outros três em liberdade condicional. Ele também foi obrigado a se registrar como um criminoso sexual quando houve progressão de regime.
De acordo com o portal The Fort Mill Sun, Logan só cumpriu 18 meses de prisão e se registrou como criminoso sexual na Carolina do Sul há três meses, a conselho de seu advogado, embora ele ocupasse o cargo de pastor principal da Eternal Church desde 2015.
Os anciãos da igreja Eternal revelaram que alguns líderes estavam cientes do passado criminoso de Logan, mas os membros votantes do comitê de seleção de pastores que o contratou em 2015 não foram informados.
“Os anciãos não conseguiram ver como a condenação de Don afetaria adversamente a ele, sua família, a vítima, os membros, os frequentadores e, mais importante, o testemunho da igreja dentro da comunidade por não trazer a condenação à luz anos atrás”, disseram os anciãos em seu pedido de perdão à congregação: “Reconhecemos que nossa congregação está em um lugar real de dor e mágoa, e que para alguns, a confiança foi quebrada”, eles acrescentaram.
Na nota, os anciãos dizem crer que seu pastor mudou por causa do Evangelho: “Apesar dos eventos e decisões recentes, continuamos a afirmar a suficiência da morte e ressurreição de Jesus para o perdão dos pecados. Temos o conforto e a promessa da palavra de Deus em 1 João 1:9: ‘Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça’. Ainda acreditamos que Don experimentou esse poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo. Acreditamos nisso por nós mesmos também”.