Após o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, ter compartilhado em sua conta oficial no Twitter um vídeo com cenas deploráveis de duas pessoas cometendo atos obscenos publicamente, os envolvidos na gravação emitiram um texto onde dizem ter realizado, na verdade, uma ação “contra o conservadorismo”.
“Não somos homens, somos bixas”, afirma a dupla, argumentando que o episódio de simulação sexual e banho de urina foi planejado “com o intuito de comunicar uma mensagem de artistas”.
“Era uma performance, ato de cunho artístico, planejado, com intuito de comunicar uma mensagem de artistas. Nossa performance, portanto, é ato político”, completa o texto, que em seguida especifica: “Um ato contra o conservadorismo e contra a colonização dos nossos corpos e nossas práticas sexuais”, informa a Folha de São Paulo.
A repercussão do vídeo dividiu opiniões após o twitter do presidente. Enquanto uns acusaram Bolsonaro de futilidade, atentado ao pudor e quebra de decoro relativo ao cargo, outros o defenderam, justificando que o mesmo quis apenas denunciar o mau uso do dinheiro público e a realidade do que acontece em alguns blocos de rua durante o carnaval.
“Temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades”, comentou Jair Bolsonaro ao compartilhar o vídeo.
A grande mídia inicialmente agiu em peso contra o presidente, lhe acusando de irresponsabilidade por ter compartilhado conteúdo adulto. Entretanto, agora trata os envolvidos na gravação como “artistas” e o ato imoral cometido por eles como “ato político”, e não como crime, como se tudo em nome da “arte” servisse de passe livre para atentar contra a ordem pública.
Ainda segundo a Folha, a ação da dupla no vídeo teve como um dos objetivos promover uma produtora de filmes adultos voltada para comportamentos sexuais motivados por “desejos desviantes”, sugerindo incluir fetiches classificados pela psiquiatria como perversão, também chamados de parafilias.
“Não esperem que transemos para reprodução, tampouco que nos digam como devemos transar. Não estamos aqui para falar o que é certo, errado”, acrescenta o texto dos sujeitos que não quiseram se identificar, mas que utilizaram a sigla “LGBTTQIAN+” para classificar o grupo que representam.