Ciro Gomes voltou a expor sua intolerância com religiosos em geral e pediu a prisão de padres e pastores que não acatem as recomendações de suspensão dos cultos. O candidato derrotado nas eleições 2018 concedeu uma entrevista recente pela internet e disse que o cenário do coronavírus justifica ações extremas.
O histórico do político paulista radicado no Ceará é de ataques a valores e princípios da fé cristã. Em 2010, chamou de “calhordice da mistificação religiosa” as críticas direcionadas à então candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) por ser favorável ao aborto. “A imundície está tomando conta, essa coisa do ódio religioso, da intolerância trazida para a política”, disse, à época.
Já em 2018, seu site oficial de campanha à presidência expunha sua convicção de promover a agenda LGBT, além de abordar outras questões associadas à visão progressista: “Essas ações, saliente-se, dependem da atuação de um Estado pautado pela laicidade, que respeite a diversidade, sem interferência dos moralismos e dogmas de qualquer espécie nas políticas públicas de sua responsabilidade”, descrevia o texto.
Agora, em 2020, diante da pandemia do coronavírus, a situação se desenhou como mais uma oportunidade para o político expor suas opiniões antipáticas à prática religiosa: “Esses camaradas precisam ser presos, que é o que nós vamos fazer aqui no Ceará. Aqui no Ceará, já inclusive com ordem do Ministério Público, quem fizer carreata fazendo esse tipo de exposição do povo à morte vai para a cadeia, como também pastores, padres ou seja quem for”.
Por fim, aproveitou para atribuir ao presidente Jair Bolsonaro crimes contra a humanidade por propor medidas de distanciamento social e quarentena vertical, restrita a pessoas no grupo de risco: “O mundo está chocado. […] Nós vamos ter que levar o Bolsonaro a responder pelo que está fazendo no Tribunal de Haia”, declarou Ciro Gomes ao portal Poder 360.