O mais alto tribunal administrativo do Egito legislou em favor de 12 cristãos que tinham se convertido ao islamismo que queriam retornar ao cristianismo. A decisão, porém, deixou o grupo vulnerável à discriminação, uma vez que exige que os cristãos declarem sua antiga fé em seus documentos.
Em sua decisão no sábado dia 9 de fevereiro, o juiz El-Sayeed Noufal, determinou que o Ministério Egípcio para Assuntos Nacionais expedisse os documentos dos cristãos declarando o status de ex-muçulmanos.
“Todo cidadão deveria ter um documento confirmando seu status religioso, mencionar a religião de uma pessoa é muito importante para expressar no que aquela pessoa acredita”, disse o juiz em sua sentença.
Os ativistas de direitos humanos anunciaram a decisão como sendo um progresso para a liberdade religiosa no Egito, onde apesar de não ser ilegal se converter a outra religião (que não a islâmica), na prática, acaba sendo proibido.
Apesar disso, os cristãos continuam cautelosos e dizem que declarar a antiga religião nos documentos pode deixar as pessoas vulneráveis à discriminação.
“É óbvio que ter um ‘ex-muçulmano’ em sua identidade é um estigma”, disse um representante da Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais (EIPR, em inglês) ao Compass.
Fonte: Elnet