O então apresentador da TV Record, Fábio Porchat, anunciou nesta segunda-feria (1) a sua intenção de sair da emissora no próximo ano, cumprindo assim uma cláusula contratual que lhe exime de multa por quebra de contrato, caso faça o comunicado de saída com pelo menos três meses de antecedência.
O anúncio veio logo após o líder da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Rede Record, bispo Edir Macedo, declarar seu apoio ao candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, no último domingo (30), fazendo com que alguns especulem que a real motivação para a saída de Porchat da emissora seja por essa razão.
“Comuniquei a Record do meu desejo de parar. O compromisso não me apresentava outra alternativa. Até segunda ordem, o programa vai continuar sendo exibido até o fim do ano”, disse Porchat em outro comunicado após o anúncio da sua saída, segundo informações do Metrópoles.
Ainda segundo a mesma fonte do jornal, o apresentador também aproveitou para desmentir a afirmação de que a Record estaria querendo controlar o seu programa. “Ao contrário do que foi dito, a Record nunca interferiu na lista dos meus convidados e também nunca me cobrou audiência. A questão também não é dinheiro”, disse Porchat, mas sem revelar o real motivo da sua saída.
O site de entretenimento do jornal Folha de São Paulo, o F5, destacou que um dos motivos do rompimento com a emissora foi o “desconforto” de Fábio Porchat “por saber que Edir Macedo declarou apoio a Jair Bolsonaro no final de semana”, citando também que o apresentador já havia feito uma gravação pessoal criticando o candidato do PSL.
Porchat é membro fundador do canal Porta dos Fundos, que possui várias esquetes consideradas ofensivas ao cristianismo, escritas por humoristas com alinhamento político de esquerda, inclusive o próprio apresentador.
Rumores não confirmados afirmam que Fabio irá para a Globo.