A liberdade religiosa é uma conquista que saiu muito caro aos mártires cristãos que deram suas vidas em função do Evangelho de Cristo, e até hoje a realidade representa uma ameaça para os que professam o cristianismo, como constatou uma escola australiana que foi processada por ensinar o casamento entre um homem e uma mulher.
Após o governo da Austrália legalizar o “casamento” homossexual em 2017, a escola cristã Ballarat Christian College resolveu se posicionar através do seu estatuto interno, ressaltando que segue os valores ensinados da Bíblia Sagrada. Mas, uma professora não quis aceitar tal decisão e se recusou a segui-los.
Como resultado, a docente chamda Rachel Colvin foi demitida, já que ela não aceitava ensinar os alunos com base nos princípios e valores cristãos adotados pela escola. Foi quando a professora resolveu processar a instituição de ensino, alegando prejuízos e discriminação, segundo informações do The Australian.
Como era de se esperar, Colvin recebeu o apoio dos ativistas LGGBTs em seu processo contra a escola cristã, mas isso não mudou a postura da instituição. O diretor Ken Nuridin, por sua vez, reafirmou os valores cristãos defendidos pelo colégio. “Nossa escola oferece uma educação cristã de alta qualidade, de acordo com nossas crenças”, disse ele.
O caso terminou chamando atenção para a necessidade cada vez maior na atualidade de que sejam aprovadas medidas de proteção à liberdade religiosa, especialmente em favor dos cristãos, o segmento mais perseguido no mundo.
“Estamos pedindo ao governo da Commonwealth que garanta que as propostas religiosas. O projeto de lei sobre discriminação protege claramente as escolas cristãs desse tipo de afirmação”, afirmou o diretor de políticas públicas da Christian Schools Australia, Mark Spencer.
Como resultado do processo, não querendo prolongar o assunto em termos judiciais, a Ballarat Christian College fez um acordo com a professora, incluindo um pagamento por supostos prejuízos financeiros devido à sua demissão. Por outro lado, a escola continua mantendo o seu posicionamento em defesa do direito legal de atuar conforme princípios cristãos.
“A triste realidade para esta escola é que foi preciso grande determinação para não ceder à pressão de um ataque com muitos recursos”, explicou Spencer. “Para crédito da escola, sob grande pressão, eles mantiveram seus princípios”.
“Este caso destaca como o debate sobre a liberdade religiosa deve tornar os direitos legais das escolas religiosas claros. A ACL apela ao governo para garantir que um caso como o Ballarat Christian College nunca aconteça novamente”, concluiu.