O exemplo de uma cristã presa pelo regime comunista de Kim Jong Un ilustra o quanto a crueldade é usada contra os que são considerados uma “ameaça” ao país.
Ao longo de 18 anos seguidos, a Coreia do Norte ocupa a posição número um na lista mundial de perseguição religiosa elaborada pela organização internacional Portas Abertas. E não é por acaso.
A cristã conhecida apenas como “Prisioneira 42”, obviamente por razões de segurança, fugiu da Coreia do Norte para escapar dos horrores em seu pais natal, mas foi capturada na fronteira com a China e enviada de volta para uma prisão na terra de Kim Jong Un.
A Prisioneira 42 passou um ano em regime de solitária, sem contato com pessoas e endo questionada constantemente sobre os motivos da sua fuga. “Por que você estava na China? Quem você conheceu? Você foi à igreja? Você teve uma Bíblia? Você conheceu algum sul-coreano? Você é cristã?”, perguntavam os guardas.
A mulher, mesmo sendo cristã, disse que no momento dos interrogatórios e ameaças acabou negando a sua fé pelo medo de morrer.
“Eu sou cristã? Sim. Eu amo Jesus. Mas eu tive que negar; se eu admitisse que fui ajudada por cristãos chineses, eu seria morta, agora ou depois”, disse ela.
“Eles vão me matar nesta prisão norte-coreana”, pensou ela na época. “Todos os dias, sou espancada e chutada – dói mais quando batem nos meus ouvidos. Por causa disso, meus ouvidos zunem por horas, às vezes dias”.
“Passei um ano na prisão e por um ano minha pele não tocou um único raio de sol”, acrescentou a cristã. Apesar de todos os ricos, ao ser transferida para outra cela, a fim de tratar uma doença em decorrência dos trabalhos forçados na prisão, a Prisioneira 42 conheceu outra cristã, com quem se reunia secretamente em oração.
“Dentro desta prisão norte-coreana, acabamos formando uma igreja secreta. Quando nos encontramos e nos sentíamos seguras o suficiente, orávamos a Oração do Pai Nosso. Ela era muito mais corajosa do que eu e falava com outras pessoas sobre Cristo também”, destacou a cristã.
A Prisioneira 42 saiu da prisão dois anos depois, subitamente. Ela foi auxiliada pelos missionários da Portas Abertas e foi assim que o seu testemunho foi divulgado para o mundo, segundo o The Christian Post.