A voluntária Kayla Mueller, sequestrada pelo Estado Islâmico em 2013, foi morta durante uma ação militar da Jordânia contra os terroristas que ocupam áreas do Iraque e da Sìria.
Cristã, Kayla Mueller havia enviado uma carta à sua família falando sobre seus dias no cativeiro, e dizendo que apesar de ser tratada com respeito, sua condição havia feito perceber que somente Deus poderia ajuda-la.
“Lembro-me de minha mãe sempre me dizendo que apesar de tudo, no final, o único que você realmente tem é Deus”, escreveu Kayla. Na mesma carta, a jovem voluntária de um trabalho humanitário dizia que havia entregado sua vida ao Criador.
“Eu vim para um lugar numa experiência em que, em todos os sentidos da palavra, eu me entreguei ao nosso criador […] Literalmente, não havia outra coisa… Mas por Deus [e ainda mais] por conta de suas orações, eu senti ternura embalada em queda livre. Foi-me mostrado em trevas, luz, mas aprendi que mesmo na prisão, se pode ser livre. Sou grata. Eu vim para ver que não é bom em todas as situações, por vezes, só temos de olhar para Ele. Oro para cada que a cada dia que se não houver nada mais, vocês sintam uma certa proximidade, mais entrega a Deus”, diz trechos da carta escrita pela jovem, segundo informações do Huffington Post.
O Estado Islâmico enviou fotos à família para confirmar que a voluntária havia sido morta durante o ataque aéreo da Jordânia, de acordo com a rede de TV CNN. O bombardeio foi uma reação do país vizinho ao Iraque e Síria à execução do piloto Muath al-Kasaesbeh, que foi queimado vivo pelos extremistas.
O governo dos Estados Unidos afirmou que irá atuar de maneira decisiva para levar responsabilizar os sequestradores. O presidente Barack Obama expressou “profundas condolências” aos pais de Kayla, dizendo que ela representava o que o país tem de melhor.
“Não importa quanto tempo vai levar, os Estados Unidos vão encontrar e levar à Justiça os terroristas responsáveis pela captura e morte de Kayla”, disse Obama em um comunicado. NO mesmo texto, o presidente refere-se ao Estado Islâmico como um “grupo terrorista odioso e abominável.”
Os pais de Kayla Mueller lamentaram a perda da filha e disseram que a jovem havia escolhido sua vida para inspirar pessoas: “Estamos de coração partido por compartilhar a confirmação que recebemos de que Kayla Jean Mueller perdeu sua vida. Kayla foi uma humanitária compassiva e dedicada. Ela dedicou toda a sua jovem vida para ajudar aqueles que precisam de liberdade, justiça e paz”, resumiram.