O movimento Eu Escolhi Esperar vai ganhar uma web série e um filme que vão divulgar os princípios da proposta de se manter virgem até o casamento.
Com mais de 2,5 milhões de seguidores, o movimento foi fundado pelo pastor Nelson Júnior, 38 anos, e tem ganho cada vez mais expressão entre os jovens e adolescentes evangélicos do Brasil.
Um dos adeptos, questionado sobre o que faria se encontrasse uma mulher nua em sua cama, não pensou duas vezes para responder: “Vou vestir essa mulher e ajudá-la. Possivelmente, ela não está dentro de si”, diz aos risos o jovem Lucas Lima, 24 anos, e ainda sem a experiência de um namoro.
Lucas vai protagonizar os dois projetos audiovisuais do movimento, que se chamarão “Eu Escolhi Te Esperar”. A produção ficará a cargo da Purpose Films, e a direção será assinada por Maurício Bettini, 32 anos.
Segundo Bettini, o filme e a série vão abordar “as complicações e dificuldades de falar sobre sexo e virgindade”. Na entrevista concedida à TV Folha, Bettini cita o exemplo do jogador David Luiz, que é noivo e aderiu ao movimento. “Ele é seguidor do que o pastor Nelson acredita”, resume o diretor.
O pastor Nelson, que se casou virgem aos 21 anos e será a inspiração do diretor para a produção da série e do filme, diz que teve que lidar com a desconfiança do próprio pai sobre sua heterossexualidade e se esquivar da proposta de perder a virgindade numa “casa de especialidades do sexo” aos 16 anos.
“Era um domingo na igreja com minha mãe, outro no futebol com meu pai. Ele não era cristão e sempre duvidava da minha masculinidade”, relembra o pastor.
Além dos princípios mais óbvios na proposta de virgindade até o casamento, Nelson explica que outros conceitos sustentam esse princípio, como evitar que famílias desestruturadas surjam no meio do processo.
Na entrevista à jornalista Anna Virgínia Balloussier, o virgem Lucas demonstrou ter muito mais repertório de improvisos do que roupas para uma eventual garota nua. Além de seguir a orientação do pastor Nelson para evitar “ficar no escuro e sozinho em casa”, Lucas sugere usar a imaginação como desestimulante sexual: “Imagina uma tia morta, ensanguentada no chão. Pronto, não tem mais nada”, garante.
Assista à reportagem da TV Folha neste link.