Um evangélico, ex-funcionário da Ambev, moveu uma ação contra a empresa por danos morais causados através de constrangimentos durante reuniões da gerência de seu departamento e por equiparação de salários com colegas de serviço que recebiam mais e exerciam funções semelhantes a ele.
A peculiaridade da ação está no fato de que os constrangimentos alegados por Élcio Milczwski, ele era obrigado a participar de reuniões com presença de garotas de programa, e que em uma dessas reuniões, ele teria sido amarrado numa cadeira e obrigado a assistir filmes pornográficos. Em determinada ocasião, uma stripper teria sido levada à sua sala, e segundo seu depoimento, era prática comum os funcionários do departamento receberem um “vale-garota de programa” quando atingiam suas metas.
A reclamação a respeito de danos morais envolve ainda, uma queixa ao seu superior, que foi acusado de se dirigir aos subordinados de forma imprópria, com gritos e palavrões.
Segundo testemunhas ouvidas durante o processo, foi comprovada a conduta imprópria do gerente e a presença de prostitutas durante as reuniões. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o juiz responsável pelo julgamento da ação, ministro Brito Pereira, “embora as testemunhas ouvidas pelo autor não tenham se pronunciado sobre todos os acontecimentos narrados na petição inicial, ambas relataram o comparecimento de garotas de programa nas reuniões de trabalho, o que comprova a conduta desabonadora do gerente”.
A decisão do Tribunal Superior do Trabalho foi mantida após recurso da Ambev, e a indenização de R$ 50 mil deverá ser paga pela empresa, que afirmou tratar-se de um fato isolado, pois valoriza o bom ambiente de trabalho: “Reconhecida por sua gestão, a Ambev prega o respeito e valoriza o trabalho em equipe. A companhia, que conta com mais de 30 mil funcionários do Brasil, não pratica ou tolera qualquer prática indevida com seus funcionários. Casos antigos e pontuais não refletem o dia a dia da empresa. O bom ambiente de trabalho é refletido pelos inúmeros prêmios de gestão de pessoas que a Ambev recebe a cada ano”.
Redação Gospel+