A música gospel se tornou um gênero musical tão comum quanto qualquer outro, não apenas no Brasil, mas no mundo. Mas, para o conceituado compositor de hinos Keith Getty, essa popularidade pode não significar, necessariamente, algo positivo do ponto de vista teológico.
Isso, porque, para Keith Getty, boa parte da música gospel da atualidade não reflete os reais ensinamentos da teologia cristã. Em vez disso, apontam muito mais para uma visão centrada nos interesses humanos.
“No nível primário, a adoração autêntica de Deus começa com uma imagem autêntica de Deus. Não começa com se meu coração se comoveu, não começa com o que eu sou, começa com quem Deus é”, disse Getty em uma entrevista para o FaithWire, da CBN News.
Getty explicou que algumas canções atuais não trazem em suas letras um conhecimento acerca de Deus, biblicamente falando. Não é a primeira vez que o compositor de hinos faz esse tipo de alerta, por sinal.
Em outra ocasião, por exemplo, ele chegou a dizer que “menos de 5% das canções de adoração modernas falam sobre a eternidade”, apontando que essas canções estão direcionando a adoração para objetivos errados, terrenos, e não celestiais.
O compositor classifica isso como uma “descristianização do povo de Deus”, segundo ele. “A coisa preocupante com a adoração moderna – não tem um profundo senso de compreensão de Deus que vemos quando estudamos a Bíblia … como vemos como Deus trabalha na história humana”, declarou.
Para Getty, a música gospel precisa retratar a figura de Deus tal como a Bíblia ensina, a fim de que Ele seja adorado pelo que É, de fato, e não pela forma como é idealizado no coração das pessoas.
“Se como Deus é revelado na Bíblia não está em algumas de suas músicas, estamos fazendo um Deus à nossa própria imagem”, disse o compositor que, por fim, concluiu defendendo a elaboração de músicas “mais ricas e profundas em significado.”