Na última quinta-feira, 16 de abril, a cantora, pastora e deputada federal Flordelis (PSD-RJ) lembrou os dez meses do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, na casa da família, em Pendotiba, Niterói (RJ).
Anderson foi assassinado na madrugada de um domingo, 16 de junho de 2019, com múltiplos tiros, na garagem da casa. Pouco antes do crime, ele havia chegado de um jantar com a esposa. Um filho de um relacionamento anterior de Flordelis e um adotado pelo casal estão presos pelo crime.
Nas redes sociais, Flordelis compartilhou uma foto ao lado do marido e afirmou que tem sido difícil viver com a ausência: “Você partiu, mas nosso amor segue vivo. Não tenho mais você do meu lado para me animar, meu amor como viver sem você? Preciso tanto aprender, mas não estou conseguindo. Nesses 10 meses sem você, estou tentando sobreviver fazendo a obra que fazíamos juntos e cantando, que era o que você sempre pedia pra mim. Te amo demais!”.
A publicação feita pela cantora ocorre em um momento que o assassinato de seu marido voltou a ocupar manchetes por fatos paralelos à investigação. Oito dias antes, a mãe de Anderson havia falecido após sofrer um infarto.
Sua morte, no entanto, não foi a única após o crime que ceifou a vida do marido de Flordelis, já que sua cunhada, Michelle do Carmo, também morreu há cinco meses por problemas de saúde.
O jornal Extra, do Grupo Globo, revelou trechos do depoimento da empresária Yvelise de Oliveira, presidente da gravadora MK Music, sobre a investigação da morte de Anderson do Carmo dois dias depois da morte da sogra de Flordelis.
A reportagem atribui à famosa empresária do ramo artístico gospel uma avaliação de que a cantora seria “dissimulada e perigosa”, capaz de tramar “algo desse tipo”, no que pode ser entendido como uma referência ao assassinato do marido.
Uma iniciativa tomada por Yvelise de Oliveira foi ordenar a retirada das músicas de Flordelis do repertório da rádio 93 FM, pertencente ao Grupo MK, por conta da “mácula à imagem da cantora”.
O mesmo jornal resgatou, em outra publicação, que no mês passado dois filhos da deputada federal prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), na segunda fase das investigações. Daniel dos Santos de Souza e o vereador Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, foram os primeiros filhos a denunciarem as suspeitas de envolvimento de Flordelis na morte do pastor Anderson.
O mais contundente nas acusações contra Flordelis é Misael, que em depoimento prestado um dia após o crime, disse que tinha motivos para suspeitar que a mãe havia sido a mandante do crime. Já Daniel, único filho biológico do casal, afirmou suspeitar do envolvimento da mãe e de três irmãs na morte do pai.
Outros filhos de Flordelis também devem ser intimados para prestarem depoimento na DHNSG antes do final da investigação do assassinato.