As ações de evangelismo junto a tribos indígenas são o novo foco de ataque da TV Globo contra os evangélicos no Brasil. A emissora vem, através da pseudo-filosofia “politicamente correta”, se esforçando para transformar a percepção do público em relação à aproximação com os índios em algo ruim, criminoso.
A mais recente investida aconteceu durante o programa Conversa com Bial, em que a entrevista com Luiz Bolognese e Aparecida Vilaça, na última terça-feira, 23 de outubro, tratou da ação missionária como um ataque de extermínio à cultura das tribos.
Antes, outro programa da emissora havia abordado esse trabalho de forma pejorativa: Profissão Repórter. A atração do dia 27 de setembro trouxe uma especulação por parte da jornalista Mayara Teixeira, segundo quem o preconceito dos indígenas contra um membro da tribo que é homossexual seria fruto da influência das igrejas evangélicas.
Na entrevista concedida a Pedro Bial, Luiz Bolognesi, diretor do documentário Ex-Pajé, afirmou que a mudança cultural enfrentada pela tribo Paiter Suruí nos últimos tempos é fruto da ação missionária. A antropóloga Aparecida Vilaça, autora do livro Paletó e Eu, concordou com essa abordagem. Ambos, filme e livro abordam o mesmo tema em seu conteúdo.
Bolognesi disse que costumes e tradições daquele povo foram modificados com a chegada dos evangélicos, citando como exemplo a adoção de vestimentas. “A igreja também condenou a nudez, considerando-a uma ofensa a Jesus. Colares típicos da cultura local só podem ser usados em festas. A chicha, que é uma bebida dos religiosos, e as canções também não são mais aceitas”, afirmou o cineasta.
Ainda segundo Bolognesi, índios que não se convertem estariam enfrentando perseguição religiosa, e que muitos índios, quando estão doentes, procuram os pajés escondidos com medo dos pastores. A certa altura, as acusações sobem de tom: “[É] a destruição não é só do conhecimento natural, mas de toda uma filosofia. Você tem um mundo intelectual íntegro. É como se você queimasse toda uma biblioteca”, afirmou Aparecida.
Bial se debruçou sobre o caso do ex-pajé Perpera, um indígena que se converteu ao cristianismo, mas ainda tem resistências pessoais com a mensagem do Evangelho, e afirmou que a igreja o indicou como zelador do templo como punição, para que ele deixasse de fazer questionamentos. “Protagonista do filme de Bolognesi, Perpera foi obrigado a deixar a pajelança por conta da evangelização de sua tribo”, comentou Bial.