Outros três missionários do grupo de 17 que foram sequestrados no Haiti por uma gangue foram libertados no último domingo, 05 de dezembro. Antes, dois adultos que estavam com problemas de saúde haviam sido soltos pelos criminosos.
Os missionários ligados ao Christian Aid Ministries foram sequestrados em 16 de outubro. Na ocasião, o líder da gangue 400 Mawozo pediu US$ 1 milhão por refém para liberta-los, e ameaçou: “Juro por um trovão que, se não conseguir o que estou pedindo, vou colocar uma bala na cabeça desses americanos”.
Agora, o ministério de missões e ajuda humanitária sediado no estado de Ohio (EUA), informou na segunda-feira que mais três haviam sido soltos: “Somos gratos a Deus por mais três reféns terem sido libertados na noite passada”, diz o comunicado.
“Os que foram libertados estão seguros e parecem estar de bom humor […] Tal como acontece com a versão anterior, não podemos fornecer os nomes das pessoas libertadas, as circunstâncias da libertação ou quaisquer outros detalhes”, acrescenta o documento, fazendo referência à libertação dos dois missionários, há duas semanas.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o ministério missionário pediu que os cristãos ao redor do mundo continuem orando pela segurança e libertação dos demais 12 reféns, e incentivou que a Igreja de Cristo siga jejuando pela causa.
“Por favor, continuem a interceder por aqueles que ainda estão detidos, bem como por aqueles que foram libertados. Desejamos que todos os reféns se reencontrem com seus entes queridos. Obrigado pelo seu apoio em oração”, conclui o comunicado.
Resgate
A notícia da libertação de mais três missionários vem acompanhada de uma informação do jornal The Miami Herald, obtida junto a uma fonte no Haiti, de que nenhum resgate foi pago, embora o líder dos criminosos, Wilson Joseph, tenha ameaçado matar todos se o valor exigido não fosse pago.
Quando ocorreu o sequestro, o grupo sequestrado incluía seis homens, seis mulheres e cinco crianças, dos quais 16 são americanos e um é canadense, com idades entre 8 meses a 48 anos.
Enquanto as negociações para a libertação estavam em andamento entre a gangue e funcionários dos governos do Haiti e dos Estados Unidos, um vídeo de Joseph circulou nas redes sociais mostrando que a gangue não estava satisfeita com o ritmo das negociações.
Biden preocupado
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse em uma coletiva de imprensa no final do novembro que o presidente Joe Biden vem sendo informado diariamente sobre a situação dos missionários, e destacou que o presidente está particularmente preocupado com as cinco crianças que foram sequestradas.
“Eu pessoalmente atualizo essa questão todos os dias para o presidente, que está profundamente interessado em garantir que cada uma dessas pessoas chegue em casa com segurança”, disse Sullivan.
“Estamos examinando todas as opções possíveis de como fazer isso […] Serei sensível ao que obviamente é uma situação delicada, não vou dizer mais nada aqui, a não ser que colocamos os ativos e recursos no local que acreditamos que podem ajudar a levar isso a uma conclusão bem-sucedida”, finalizou o conselheiro.