Um professor de Direito de Harvard afirmou que ateus não são pessoas confiáveis para ocuparem cargos públicos por não temerem a Deus. A declaração causou alvoroço entre ativistas ateus, e uma das principais vozes do ateísmo publicou um artigo reagindo à afirmação.
Adrian Vermeule, professor de Direito numa das principais universidades norte-americanas, usou o Twitter para compartilhar um artigo sobre o temor de parte dos evangélicos do país de que o movimento ateísta resulte no cerceamento à liberdade religiosa.
No contexto da polêmica, estava um comentário de outro usuário da rede social mencionando que estados como Arkansas, Maryland, Mississipi, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Tennessee e Texas têm leis dizendo que ateus não podem ocupar cargos públicos ou servir em júris, apesar de essas legislações não serem colocadas em prática.
O professor Vermeule entrou na conversa dizendo que esses estados estavam certos em proibir ateus nessas funções pois eles “não podem ser confiáveis para prestar juramento”.
A principal resposta à declaração do professor foi feita por Hemant Mehta, um polêmico ativista ateu que estimulou protestos violentos que incluíam ameaças de morte contra um pastor evangélico em 2017.
“Ele não parece estar brincando. Basta considerar as implicações aqui. Ele está dizendo que fazer um juramento é impossível para os ateus, porque não somos responsabilizados por ninguém além de nós mesmos, mas não há escassez de cristãos que fazem o mesmo juramento enquanto mentem. Basta olhar para o Partido Republicano. Ou televangelistas que afirmam trabalhar para Deus. Ou pessoas que se casam em uma igreja”, escreveu Mehta no portal Patheos.
“É fácil argumentar que é melhor que as pessoas prestem juramento prometendo defender a Constituição do que aquelas cuja lealdade primária é a um Deus de sua própria criação”, acrescentou, aproveitando para atacar pessoas de fé.