Enquanto vários protestos tomaram conta de algumas regiões dos Estados Unidos após a morte de George Floyd durante uma abordagem policial errada, centenas de cristãos ao longo dos últimos meses foram perseguidos e até mortos por causa da perseguição religiosa existente na África.
A Nigéria em especial é o país onde algumas autoridades já falam em “genocídio de cristãos“, ou seja, a morte em massa dos seguidores de Jesus Cristo. Apesar da gravidade, a repercussão do massacre de cristãos tem sido ofuscada em sua maioria, sugerindo ao mundo que a vida de cristãos não teria a mesma importância das demais.
Ciente disso, o ex-jogador da Liga de Futebol Americano (NFL), Benjamin Watson, disse que “o mundo pode estar ignorando um possível genocídio de negros” durante um evento organizado pela Organizado pelo Comitê Internacional da Nigéria, nos Estados Unidos.
“Estou aqui pelos mesmos motivos que todo mundo está. Lembro-me há vários anos que fiquei impressionado com o fato de o Corpo de Cristo aqui nos Estados Unidos estar lidando com nossos próprios problemas. Mas, em comparação com o que está acontecendo ao redor do mundo em muitos aspectos, precisamos de pessoas que defendam aqueles que estão sendo perseguidos. Em algum momento, podemos ser nós”, disse ele.
O ex-jogador argumentou que o termo “justiça racial”, o que remete aos direitos humanos, deve se estender a outros países, alcançando todos os povos e não apenas um grupo específico de pessoas. Neste sentido, os cristãos perseguidos também devem receber o apoio e a proteção das autoridades.
“O termo ‘justiça racial’ é muito usado. Mas se estamos sinceramente preocupados com a justiça, devemos entender que a justiça deve ser defendida em casa, sim, mas também no exterior”, disse Watson.
O ex-jogador lembrou do sequestro de 276 estudantes cristãs de uma escola em Chibok, no estado de Borno, em 2014, realizado pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram. Muitos delas ainda se encontram sob o poder dos sequestradores de modo que o mundo parece ter esquecido desse caso.
“Hoje, seis anos depois, mais de 100 dessas meninas ainda estão desaparecidas. As hashtags e as campanhas de mídia social cessaram, mas para muitos desses amigos, famílias e comunidades, suas vidas não foram esquecidas”, disse ele, segundo o Christian Post.
“Mais de 60.000 nigerianos foram mortos e cerca de 2 a 3 milhões foram deslocados. Isso é algo a se considerar porque eles foram removidos de suas terras natais e morreram de fome, e esse tipo de coisa também está acontecendo”, conclui o Watson.