Algum tempo atrás, a esclerose lateral amiotrófica (ELA) se tornou notícia ao redor do mundo por conta de uma campanha de conscientização a respeito de suas complicações chamada “desafio do balde de gelo”. Embora a ciência defina que ainda não há cura através da medicina, um homem que estava definhando em uma cadeira de rodas viu os efeitos da ELA desaparecerem após passar pelo batismo nas águas.
O caso de Richard T. Daddona seria como o de todas as outras pessoas acometidas pela ELA – ou doença de Lou Gehrig, como também é conhecida – se não fosse um milagre. Em 2016, aos 59 anos, ele foi diagnosticado com a doença por um neurologista, após buscar ajuda por sentir uma intensa e constante contração em todo o corpo.
A principal característica da esclerose lateral amiotrófica é o enfraquecimento progressivo dos músculos, afetando de maneira severa as capacidades motoras. Richard sabia que seu caso não teria melhoras, se aposentou e passou a viver numa cadeira de rodas a partir de janeiro de 2017.
A esposa de Richard, Nancie, tornou-se sua principal cuidadora, já que ele não conseguia fazer praticamente nada sozinho: precisava de ajuda para sentar-se, rolar, vestir-se e principalmente tomar banho.
Sobrenatural
Em relato ao portal AG News, Richard contou que logo após ter sido diagnosticado, teve uma série de 12 sonhos complexos e inusitados, com alguém transmitindo uma mensagem sobre a cura nas águas e como elas poderiam lavar a doença, o pecado e outros males. Nos sonhos, a cada fim de mensagem, ele e sua esposa caminhavam por uma trilha alinhada com uma dúzia de árvores e uma passagem bíblica diferente, afixada em pranchas de madeira.
Ao longo dos sonhos, essa trilha os levou a uma cachoeira que formava uma pequena piscina. No topo da cachoeira, um homem olhou para baixo com os braços estendidos. Com cada novo sonho, Richard foi assimilando um versículo bíblico adicional sobre as 12 árvores que levavam à piscina.
“Eu acordava tempo suficiente para escrever as Escrituras e voltar a dormir”, lembra-se Richard, que contou com o capricho de Nancie, sua esposa há 30 anos, para manter um registro desses sonhos, que ocorreram ao longo de meses.
Nessa época, Richard e Nancie se aproximaram do pastor, Scott A. Brown. “A repetição dos sonhos juntamente com as Escrituras foi quando começamos a ver que havia um tema claro e comum e um aspecto disso era o batismo nas águas”, comenta Brown, 48 anos.
O versículo do penúltimo sonho veio de Atos 22:16: “E agora, por que você está esperando? Levante-se e seja batizado, e lave seus pecados, invocando o nome do Senhor”.
Richard nunca havia sido batizado, e decidiu que desceria às águas. No culto de celebração do batismo, o testemunho dele foi lido para a congregação, bem como a explicação de seus sonhos e das Escrituras que ele havia visto em seus sonhos.
No momento do batismo, dois pastores auxiliares tiveram que ajudar Richard sair de sua cadeira de rodas e levá-lo para a banheira. “Eu estava focado nas lutas físicas de manobrá-lo para dentro e para fora”, diz Philip F. Lascoe, 29 anos, pastor de jovens. “No fundo eu estava um pouco nervoso em termos de seus sonhos e dele potencialmente ser curado”, acrescenta.
Quando Richard se sentou na banheira do batismo, ele começou a orar para que Deus o curasse.
“Eu sabia que ia ser curado, mas não sabia quando. Eu estava apenas orando para que Deus me curasse naquele momento”, afirma o idoso.
Quando ele emergiu da água, começou a sentir um calor, primeiro em suas mãos – que estavam atrofiadas e paralisadas em volta de seu tronco – e depois em suas pernas. Richard levantou-se da banheira, agarrou as mãos dos pastores associados com força que ele não possuía apenas alguns instantes antes, e saiu da banheira sem ajuda. Ele abraçou a esposa, dois filhos, duas noras e três netos que assistiam a tudo da primeira fila. Toda a congregação se alegrava em lágrimas, aplausos, abraços e aleluias pela cura instantânea.
“Fiquei muito feliz!”, diz o pastor Scott Brown. “Você não consegue ver isso todos os dias”, acrescenta.
“Eu simplesmente fiquei espantado”, lembra Lascoe. “Eu não podia fazer nada além de louvar a Deus”.
Em vez de sentar na cadeira de rodas que o trouxe, Richard T. Daddona saiu do templo, ao final do culto, empurrando-a. A cura que transformou sua vida o motivou a se tornar voluntário no berçário da congregação, junto com sua esposa, Nancie.
Richard anda e se movimenta como se nunca tivesse tido ELA, e tem força e agilidade nas tarefas cotidianas. “Toda essa experiência me aproximou da minha esposa e nos aproximou de Deus. Nós sentimos que podemos depender totalmente d’Ele para qualquer coisa”, conclui o aposentado.