Justin Welby, líder da Igreja Anglicana e arcebispo de Canterbury, afirmou que é contra o casamento gay e argumentou que os cristãos não poderiam aceitar a prática porque muitos fiéis seriam mortos em países onde não há liberdade religiosa.
Segundo Welby, a perseguição contra homossexuais em países africanos seria voltada aos cristãos caso a igreja aceitasse a união de duas pessoas do mesmo sexo. A declaração foi feita à rádio LBC London.
O arcebispo afirmou que fez uma visita à Nigéria, e encontrou uma vala comum onde os corpos de 330 cristãos haviam sido jogados, depois que foram mortos pelos próprios vizinhos. A justificativa dos assassinos, segundo Welby, era que eles os haviam matado para evitar que a homossexualidade fosse propagada na região.
“Se permitirmos uma comunidade cristã aqui, vão fazer todos se tornarem homossexuais. Assim, matamos todos os cristãos”, disseram os extremistas islâmicos, segundo o arcebispo de Canterbury.
Para o líder da Igreja da Inglaterra, “tratar todo ser humano com a mesma importância e dignidade é uma parte fundamental de ser cristão”, porém, se sua denominação passasse a realizar casamento de pessoas do mesmo sexo, “o impacto dessa decisão sobre os cristãos que estão longe daqui, no Sudão do Sul, Paquistão, Nigéria e em outros lugares, seria absolutamente catastrófico. Tudo o que dizemos aqui percorre todo o mundo”, ponderou.
Recentemente, o líder anglicano reiterou sua oposição ao casamento gay, e afirmou que mesmo assim, entende a busca de igualdade pelo movimento LGBT, de acordo com informações do Huffington Post.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+