No mundo da clandestinidade, ou do “mercado negro”, como também é chamado, três tipos de crimes imperam: o tráfico humano, de armas e de drogas. Dessas três, porém, o tráfico de seres humanos é o segundo mais “lucrativo” do planeta, ficando atrás somente para o de armas, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU).
O tráfico humano diz respeito a vários crimes, como o trabalho escravo, mas é o comércio ilegal de órgãos e a exploração sexual (principalmente de crianças) às duas atividades que dominam essa prática.
Pessoas em condição de vulnerabilidade social, como moradores de rua e residentes em regiões pobres de países como a China, Índia, Paquistão, listados como os três maiores “mercados” dessa atividade no planeta, se tornam alvos de grupos especializados nesse tipo de tráfico, alimentando por gente disposta à pagar milhões por um órgão humano ou relações sexuais abusivas com escravos sexuais.
Essa realidade, porém, também existe em países como o Brasil e até nos Estados Unidos, sendo este último de grande riqueza. E foi lá, na América do Norte, que uma igreja batista recebeu da polícia federal americana (FBI) um prêmio de reconhecimento pelo combate ao tráfico humano em sua região.
O Prêmio de Liderança Comunitária 2018 foi entregue no início do mês pelo diretor do FBI, Christopher Wray, à missionária Kay Bennett, da missão “Send Relief”, em nome da igreja Baptist Friendship House (Casa de Amizade Batista).
“É uma bela imagem de como é preciso que todos trabalhemos juntos para tornar nosso mundo um lugar melhor. É encorajador saber que as pessoas acreditam no que você está fazendo”, disse Bennett.
Eric J. Rommal, agente especial do FBI em Nova Orleans, explicou que o trabalho conjunto da polícia com o projeto social da Igreja, que oferece abrigo aos moradores necessitados, contribui para a proteção dessas pessoas contra o tráfico humano.
“Por muitos anos, o escritório do FBI em Nova Orleans e a Casa Batista Amizade trabalharam juntos para combater o tráfico de pessoas na cidade”, disse ele.
“Sua equipe continua servindo no abrigo com compaixão, dedicação e profissionalismo; seja resgatando vítimas do tráfico de pessoas, oferecendo serviços à elas ou apoiando esforços comunitários em toda a região metropolitana”, destacou.
Finalmente, Bennett lembra que esse tipo de tráfico continua em crescimento, mas que às igrejas também podem se unir contra essa prática, observando melhor o que acontece em suas comunidades, segundo a Baptist Press.
“O tráfico de seres humanos é a indústria criminosa que mais cresce no mundo, e está ao nosso redor aqui nos EUA” disse Bennett. “Acho muito importante que nós, como batistas, olhemos ao nosso redor, avaliemos as necessidades, vejamos o que está acontecendo e procuremos ajudar as pessoas”.