A cruz está no alto da montanha, sobre a capital norte-coreana, Pyongyang.
A Igreja Bongsoo – atualmente em reforma – é uma das duas igrejas protestantes oficiais na Coréia do Norte. Ela se tornou um ponto de conexão entre os cristãos norte e sul-coreanos, e por isso eles estão trabalhando juntos para reconstruí-la.
Na primavera passada, uma delegação de 90 cristãos sul-coreanos foi à igreja para comemorar o término da primeira fase da reforma.
A Igreja Presbiteriana da Coréia do Sul é parceira da Associação Cristã da Coréia do Norte na reconstrução da Igreja Bongsoo. O pastor diz esperar que essa parceria ajude a unir as duas Coréias depois de mais de 50 anos de separação.
Presente de Deus
“Eu acredito plenamente que a reforma da Igreja Bongsoo é parte da vontade de Deus”, disse Kang Young Seob, da Associação Cristã da Coréia do Norte. “Também creio que todos os cristãos que vierem à igreja terão seus corações transbordantes de amor por seus irmãos, seus vizinhos e todo o povo coreano.”
Um presbítero da igreja sul-coreana diz que o projeto é um presente de Deus. “A construção da Igreja Bongsoo é um privilégio e uma missão especial que Deus deu aos membros das igrejas das Coréias do Sul e do Norte”, disse Choi Ho Chul.
Os cristãos sul-coreanos sabem que as igrejas sancionadas pelo Estado na Coréia do Norte funcionam apenas como fachada. Elas abrem só de vez em quando, normalmente para mostrar a visitantes importantes a tolerância religiosa do regime. Os sul-coreanos sabem que os líderes da Igreja norte-coreana – e mesmo seus membros – são selecionados pelo governo.
Mas, como disse um cristão sul-coreano, eles acreditam que trabalhar com uma igreja sancionada pelo Estado norte-coreano é melhor do que nada. Eles acreditam que erguer uma igreja – e a cruz – acima de Pyongyang pode ter uma impacto além do que os olhos naturais podem ver.
“Ainda temos esperança de salvação enquanto tivermos a cruz que a reflete e a Igreja de Deus”, disse Kim Tae Beom, pastor sul-coreano.
Nota: A Coréia do Norte é a primeira na Lista de Classificação de países por perseguição.
Fonte: Portas Abertas