INDONÉSIA – A Indonésia foi o palco de embates religiosos iniciados em 1999, os quais causaram a morte de mais de 8 mil pessoas. O governo do país com a maior população islâmica do mundo, utiliza leis que protegem as minorias, como os cristãos, e também evita que atitudes extremistas, provenientes de qualquer grupo religioso, ganhem terreno e recriem os conflitos. Ultimamente, houve interesse até em procurar os culpados pela violência e julgá-los como a lei manda.
No entanto, a ordem é mantida à custa da Igreja. Uma lei em vigor no país exige que as congregações cristãs tenham a aprovação da vizinhança para se estabelecerem no lugar desejado. Dois casos recentes exemplificam essa tendência.
Em 17 de agosto, um grupo de muçulmanos invadiu o culto matutino da Igreja Pentecostal da Indonésia, na cidade de Cipayung. Eles retiraram os cristãos do templo à força e colocaram faixas na rua, declarando que baniam “cultos religiosos”. Alguns do grupo invasor eram vizinhos da igreja, mas a maioria não era da região. Um policial da guarda civil e outros policiais estavam presentes, mas não intervieram.
Ocorre que, um mês antes, em 13 de julho, essa congregação recebera ordens da prefeitura de interromper suas atividades. A vizinhança estava descontente com a igreja e exigia que ela fosse demolida.
Sacrifício da liberdade
O fato de o governo favorecer atitudes injustas como essas fez com que o pastor da Igreja Pentecostal da Indonésia, na cidade de Cipayung, Chris Ambessa, desistisse de relatar o incidente na delegacia, já que não espera uma intervenção positiva.
Na mesma cidade, outro exemplo de injustiça. No dia 25 de agosto, a Escola Teológica Evangélica Arastamar (SETIA) foi atacada por pessoas armadas de espadas, facões, varas de bambu e ácido. Nos dois dias que se seguiram, a polícia foi até o lugar para retirar os 1.100 alunos e professores da escola, uma vez que não foi capaz de deter os manifestantes, que continuavam no local. Durante a operação, 20 alunos foram feridos.
Com informações de Compass Direct.
Essas situações mostram que o governo indonésio, embora desejoso de evitar possíveis conflitos, acaba sacrificando a liberdade da Igreja ao não conseguir controlar grupos de muçulmanos revoltosos.
A Igreja sofre nessa situação. Como aconteceu ao pastor Chris Ambessa, ela não tem a quem recorrer, muito menos quem a defenda. Lembre-se da Igreja indonésia em suas orações.
Fonte: Portas Abertas