Uma seita dissidente do grupo religioso liderado pelo polêmico reverendo Moon chamou atenção da mídia por reunir centenas de casais, armados, em uma cerimônia que abençoou armas de fogo, como rifles e pistolas.
O templo Santuário da Paz Mundial e Unificação, na Pensilvânia (EUA) é uma seita que surgiu de uma cisão da Igreja da Unificação, fundada pelo reverendo Sun Myung Moon, que morreu em setembro de 2012. Na cerimônia em questão, os casais foram ao templo para terem seus casamentos abençoados, assim como seus rifles, devidamente descarregados.
De acordo com informações do jornal O Globo, muitos deles diziam que os “cajados de ferro”, termo usado para se referirem às armas, poderiam ter evitado o massacre recente na Flórida, quando um atirador abriu fogo e matou 17 pessoas em uma escola.
As mulheres, vestidas de branco, contrastavam com os homens, de preto, enquanto todos empunhavam suas armas durante a cerimônia, realizada na região rural de Pocono Mountains, a cerca de 160 quilômetros de Filadélfia, maior cidade do estado. Dentre os adornos mais comuns, estavam coroas, algumas feitas de projéteis.
O porta-voz da igreja, atualmente liderada pelo reverendo Hyung Jin Moon, afirmou que o ritual vinha sendo planejado há bastante tempo, e bem antes do caso recente da Flórida. Inclusive, no planejamento, as autoridades locais realocaram alunos de uma escola vizinha ao templo, para evitar incidentes com os alunos no dia da cerimônia.
“Cada um de nós deve usar o poder do ‘cajado de ferro’, não para armar ou oprimir, como foi feito em reinos satânicos deste mundo, mas para proteger os filhos de Deus”, disse o reverendo Hyung Jin Moon em nota. “Se o treinador de futebol que correu para defender os alunos do atirador com o seu próprio corpo tivesse permissão para carregar uma arma, muitas vidas, incluindo a sua própria, poderiam ter sido salvas”, acrescentou o líder religioso, fazendo uma crítica à lei que proíbe o uso de armas no perímetro de escolas dos Estados Unidos.
Confira cenas do evento: