Poucos anos atrás, noticiar alguns temas como a inclusão do ativismo LGBT nas igreja cristã seria algo impensável. Todavia, com o rápido avanço dessa agenda em todos os setores da cultura, não é de se surpreender que até cenas de casamento gay em desenho infantil algumas denominações já pretendem transmitir.
Este é o caso da Primeira Igreja Metodista Unida, da cidade britânica de Birmingham. A denominação resolveu transmitir o desenho infantil “Arthur”, que foi proibido por uma emissora dos Estados Unidos, por conter cenas de um casamento homossexual.
A televisão pública do estado do Alabama (APT), tomou a decisão após uma forte reação das famílias no país, que repudiaram a transmissão do capítulo “Mr. Ratburn and the Special Someone” (“Senhor Ratburn e A Pessoa Especial”), em que o personagem aparece se casamento com outro do mesmo sexo.
Como reação, a Igreja Metodista Unida decidiu fazer o contrário e exibir o desenho em seu próprio espaço, tudo em nome da “inclusão”. Para o pastor e escritor Renato Vargens, essa decisão reflete o mal do liberalismo teológico e relativismo moral que tem “matado” muitas igrejas na Europa.
“Entendo que uma igreja cristã, firmada nas Escrituras, não deva ter esse tipo de agenda e programação. Agora, é importante salientar que a atitude dessa igreja se deve eminentemente a três fatores: à teologia liberal, que ‘matou’ muitas igrejas nos EUA e Europa; ao relativismo de uma era líquida como a nossa; e, por fim, ao politicamente correto, que como um câncer tem paulatinamente corroído os valores judaico-cristãos da sociedade que vivemos”, disse ele ao Pleno News.
A pastora Helena Raquel, da Igreja Assembleia de Deus de Vila Pacaembu, destacou como esse tipo de conteúdo impacta a mente das crianças negativamente, uma vez que elas estão em formação e aprendem também por imitação. Em outras palavras, o desenho termina servindo como modelo de conduta, e não meramente de tolerância.
“A criança tem uma facilidade muito grande com imagens e o desenho usa essa linguagem para esse público”, disse ela. “Esse mecanismo só vai apresentar um único lado para a criança e deixar sua mensagem. Entretanto, eu penso que a pauta da aceitação deve ser inserida pelos pais com tempo oportuno na mente dessa criança referente à questão de aceitar aquele que é diferente”.