As maiores emissoras abertas de televisão do Brasil transmitem, semanalmente, 140 horas de programação ligadas às igrejas evangélicas. Segundo a coluna F5, da Folha de S. Paulo, a emissora com maior espaço para esses programas é a RedeTv!, que possui 27% de sua programação “vendida” para igrejas, ou, seja, 46 horas por semana.
O levantamento da F5 aponta que a única emissora que não cede espaço para nenhuma religião é o SBT. Atrás da RedeTv! está a TV Record, com 32 horas cedidas à Igreja Universal do Reino de Deus. Essas 32 horas semanais custaram, ao longo de 2010, R$ 500 milhões à IURD. Em terceiro lugar está a Band, que vende 31 horas por semana. A TV Globo, apesar de não vender horários para religiosos, cede espaço para todas as religiões com o programa “Sagrado” e as missas do Padre Marcelo Rossi.
O “The Christian Post” entrevistou o Pastor Márcio Miranda, da Igreja Presbiteriana Independente. Para ele, “esses programas acabam se constituindo em um grande mercado de almas e produtos, como acontecia no templo de Jerusalém na época de Jesus”.
Para Márcio, apesar dos interesses que não são revelados ao público, existem conquistas. “Deus age apesar dos interesses excusos que se escondem atrás de muitos programas”, afirma, apesar de classificar os programas chamados evangélicos como lavagem cerebral: “São uma verdadeira lavagem cerebral, com manipulação de massa e um apelo excessivo por ofertas, carnês, campanhas, etc. é um verdadeiro escândalo que cresce a cada dia por causa do desespero das pessoas, que vêem nesses empresários inescrupulosos a tábua de salvação para seus problemas”.
O Pastor ressalta que apesar de todas as falhas cometidas pelos líderes evangélicos na construção desses programas, “Deus tem alcançado pessoas pela ação do Espírito, e é isto que, ao final, importa. O mal não está no veículo de comunicação em si, mas na utilização que se faz dele, e acho válida também a sua utilização para o bem, com fins de anúncio do evangelho bíblico”, conclui Márcio Miranda.
Fonte: Gospel+