O caos registrado em muitas cidades dos Estados Unidos como reação ao assassinato de George Floyd motivou que o irmão da vítima pedisse aos manifestantes que interrompam a violência.
Saques, incêndios e outros crimes vêm sendo registrados enquanto os Estados Unidos ainda lamentam a morte por asfixia de George Floyd, que foi dominado por policiais e um deles pressionou seu joelho contra o pescoço do homem até que ele parasse de respirar.
“Faça isso de forma pacífica, por favor”, implorou Terrence Floyd aos manifestantes na última segunda-feira, 01 de junho, perante uma multidão que se reuniu em luto no local onde George foi asfixiado.
De acordo com a emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), Terrence, apoiado por ativistas dos direitos civis, pediu às pessoas que protestassem contra o racismo, mas não destruíssem suas comunidades: “Meu irmão se mudou para cá de Houston”, recapitulou ele. “Eu sei que ele não gostaria que todos vocês estivessem fazendo isso… Isso não trará meu irmão de volta”.
Em resposta, a multidão cantou: “Qual o nome dele? George Floyd!”. Outro grito ouvido foi “Paz à esquerda, justiça à direita”, numa referência ao conceito de que ambas andam de mãos dadas.
Emocionado, Terrence Floyd orou e chorou enquanto usava uma máscara para se proteger do novo coronavírus com a imagem de seu irmão. “Minha família é uma família pacífica. Minha família é temente a Deus. Sim, estamos chateados”, ele disse, enquanto era amparado por dois homens que o acompanharam para dar suporte.
Cercado por flores, velas e sinais de protesto, ele pediu aos manifestantes que levassem sua voz às urnas nas próximas eleições: “Se eu não estou aqui bagunçando minha comunidade, então o que vocês estão fazendo?”, questionou.
“Vamos parar de pensar que nossa voz não importa e votar. Não basta votar no presidente, mas nas preliminares”, acrescentou.
A multidão presente pediu que todos os policiais que viram George Floyd morrer sob sua custódia fossem processados. O homem que o asfixiou, Derek Chauvin, foi demitido da polícia e está preso sob acusação de assassinato. Os outros três policiais envolvidos não foram acusados.