Os pastores João Lucio e Helena Tannure gravaram um vídeo com “dicas para o casamento” e falaram sobre diversos aspectos do relacionamento a dois sob a ótica cristã. Um dos pontos de destaque foi a ênfase de que o perdão pode acontecer até mesmo em casos de infidelidade.
Temas como compromisso, família do cônjuge, submissão, autoridade, TPM, diferenças, intimidade e exercício de boa influência também foram tratados. Um dos primeiros pontos que Helena Tannure apontou foi a conversão do cônjuge, que a pastora questionou a perspectiva da motivação.
Segundo a pastora, a mulher interessada na salvação do marido deve ter foco no significado do sacrifício de Jesus na cruz, e não em ter um marido cristão para exibir. Citando o apóstolo Pedro, Helena Tannure conta que a Bíblia oferece um guia para essas circunstâncias: “Ele diz que nós devemos apresentar o Salvador aos nossos maridos sem palavras, mas pelo nosso sábio procedimento […] Aquilo que você quer colher, é o que você deve plantar”.
“Mais do que falar na cabeça dele, que você ore e sirva ao seu marido com amor e sinceridade”, acrescentou a pastora, criticando as mulheres que falam e reclamam demais.
Em outro extremo, Helena Tannure aconselhou as mulheres que sofrem com maridos que as impedem de ir à igreja: “Seja crente dentro de casa, servindo ao seu marido e aos seus filhos, lendo a palavra, orando”.
O pastor João Lucio comentou que um problema recorrente é o egoísmo: “O que importa é eu me sentir bem; se está tendo algum lucro, algum retorno… Começou a dar trabalho, alguns espinhos apareceram? Aí pulo fora”, disse, afirmando que essas atitudes demonstram desequilíbrio.
“O casamento é a união de duas pessoas diferentes, com criações diferentes que terão parafusos para serem apertados e muitos ajustes”, disse João Lucio, lembrando que na cerimônia de seu casamento, o pastor Márcio Valadão disse que ele não estava se casando para ser feliz, mas para fazer Helena feliz, e vice-versa. “Trabalhando os dois com esse propósito não tem como dar errado. Se pensarmos só em nós e no nosso desejo, não vai funcionar. Se entrar no casamento pensando ‘ah, se não der certo eu separo’, então é melhor não entrar”, salientou.
A infidelidade, que bate à porta de muitos casais, é uma “dor aguda”, disse Helena Tannure, que disse não ter vivenciado esse problema, mas acompanhou de perto, e constatou que há remédio na Palavra de Deus, que ensina a perdoar e seguir em frente.
“Muitas pessoas não conseguem perdoar, elas remoem a dor, alimentam o ressentimento e vivem na amargura. Mas o que a Bíblia diz é para nos proporcionar liberdade que flui do perdão. E as pessoas não querem perdoar porque elas estão com a razão. Nós não estamos querendo justificar a desobediência, o pecado, a falta de ninguém, mas quando existe uma traição, talvez seja o momento do casal se assentar, repensar e conversar na relação”, explicou.
“Perdão é uma ordem divina para que a gente prossiga sem fardo nas costas”, conceituou a pastora, salientando que embora a mulher não deva viver sob constante abuso, o perdão é necessário: “É tempo de deixarmos o Senhor tomar conta do nosso coração, permeando os nossos relacionamentos, para que se acontecer uma traição a gente se reinvente, saia disso, não olhe mais para trás e caia no mesmo buraco”.
Comportamento
Há dois principais tipos de comportamentos mais recorrentes nas mulheres, segundo a pastora: influenciadora ou manipuladora. “Nós mulheres somos dotadas pelo próprio Deus do poder de influenciar, onde tem uma mulher feliz, de bem com a vida, todo mundo em volta sente os efeitos disso; e numa casa onde tem uma mulher azeda ou de TPM todo mundo ao redor também sente os efeitos disso”.
Assim, Helena Tannure explicou que a mulher foi feita como “auxiliadora idônea”, e essa capacidade está em sua essência, já que o significado do termo é ser “apta, capaz, competente e moralmente correta”.
“Nós temos essa capacidade de sugerir, de ensinar, de influenciar, mas a linha que divide a influência da manipulação é muito tênue e nós temos que viver uma vida aos pés do Senhor para discernir e não sermos como aquela mulher rixosa ou com palavras amargas e destrutivas”, concluiu.