Nelson Mandela faleceu aos 95 anos e seu corpo foi enterrado no último domingo, 15 de dezembro, em Qunu ao lado de seus filhos.
O sul-africano, cristão, líder político contra o apartheid, foi homenageado durante mais de uma semana por pessoas, chefes de estado e imprensa de todo o mundo, devido ao seu legado de luta contra a desigualdade social.
Porém, um jornalista enxergou exagero no editorial de uma emissora de rádio da rede britânica BBC, e pediu que a emissora não o comparasse ao símbolo da fé cristã: “Ele era um gigante, mas é um absurdo a BBC para comparar Mandela a Cristo”, escreveu Dominic Lawson em sua coluna no Daily Mail.
Segundo Lawson, o radialista Evan Davis disse que Mandela deveria ser posto ao lado de Jesus no “panteão da virtude”.
Em seu texto, o jornalista citou as palavras do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, cristão batista, que rejeitou enfaticamente qualquer tipo de comparação entre Jesus e o político sul-africano.
“A história política também deve alertar-nos para nunca confundir o homem público e privado. Eles são muito diferentes – e Mandela era um exemplo espetacular desta disjunção”, escreveu Lawson, referindo-se aos problemas de Nelson Mandela em sua vida privada, e usando esses fatos como essenciais para limitar a empolgação nas homenagens a ele.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+