Com o objetivo de ampliar a participação da juventude para além das organizações eclesiais, jovens evangélicos de onze denominações e de 12 Estados brasileiros convocam as organizações de juventude evangélica e colaboradores a participarem do II Seminário de Políticas Públicas de Juventude, agendado para o próximo dia 9 de dezembro, em Brasília.
A proposta do encontro é estabelecer um espaço de diálogo sobre políticas públicas de juventude implementadas no Brasil. O seminário também pretende fomentar o debate em torno das práticas em favor de um maior engajamento social, político e cidadão dos cristãos evangélicos para que estes desenvolvam postura crítica em relação ao papel do Estado e da sociedade civil organizada.
Em carta intitulada “Políticas públicas de juventude: momento de participação”, os jovens argumentam que a Igreja Evangélica Brasileira apresenta um enorme potencial para mudar a realidade social. “A afirmação de que o jovem contemporâneo é apático em relação a qualquer tipo de organização não se aplica à juventude evangélica”, enfatiza a carta que convoca as igrejas a perceberem a capacidade de cada jovem em ser um agente de transformação.
Na missiva os jovens sublinham que frente a um regime político democrático, como ocorre no Brasil, em que a escolha dos representantes políticos ocorre através do voto popular há quase 20 anos, a juventude não tem somente o direito, mas também o dever de acompanhar, fiscalizar, questionar e influenciar as decisões do Estado.
A realização deste II Seminário de Políticas Públicas de Juventude antecede e prepara as reflexões previstas para a Conferência Nacional de Juventude, que também terá lugar na capital federal, de 27 a 30 de abril de 2008. Este encontro nacional pretende contribuir na mudança da compreensão da sociedade sobre o tema da juventude; promover o direito à participação; identificar desafios e prioridades de atuação para o poder público; além de fortalecer a rede social e institucional relacionada ao tema.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da Educação e do Banco Mundial estimam que a população brasileira jovem chegue a 50 milhões, o que representaria 26% da população total. Destes, três milhões não são alfabetizados e apenas 20,7% da população adolescente brasileira possui algum tipo de ocupação.
Fonte: Editora Ultimato