Ninguém pode ser feliz até que todo o mundo seja feliz. Esse reconhecimento motivou 400 líderes de igrejas e religiões a se reunirem em Hiroshima, no Japão, días 24 a 26 de maio, para “Aprender a compartilhar valores, ações e esperança”.
O tema representa um notável contraste com o mundo de hoje, tão repleto de injustiça, concorrência e conflitos, declarou o presidente da Fundação Arigatô e fundador da Rede Global de Religiões pela Infância (GNRC), reverendo Takeyasu Miyamoto, 91 anos.
A Rede nasceu em 2000, com o chamado de Miyamoto a todas as religiões para que comecem a trabalhar juntas na construção de um mundo melhor para as crianças. Respondendo ao chamado, mais de 300 líderes religiosos, de 33 países, encontraram-se em Tóquio, em 2004, quando assumiram o compromisso de adotar medidas concretas em favor da infância.
Hoje, a Rede trabalha em estreita colaboração com as Nações Unidas e está organizada em seis redes regionais, que se voltam, basicamente, aos problemas da pobreza, violência, educação e direito das crianças.
O III Fórum, reunido em Hiroshima, centrou as atenções nos três grandes temas que atingem a infância: violência, pobreza e destruição do meio ambiente. No evento foi lançado o manual “Aprender a viver juntos: Um programa intercultural e inter-religioso de educação e ética”. O manual é uma proposta didática para uso nas escolas de todo mundo.
A pastora Ofelia Ortega, que integra o corpo de presidentes do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), saudou os participantes do III Fórum em nome do organismo ecumênico internacional. Ela destacou a colaboração do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai) na divulgação e distribuição do manual, que foi adotado como material didático em escolas públicas da Argentina e do Uruguai.
A Rede está organizada na América Latina sob a coordenação da equatoriana Mercedes Román e tem forte presença na Argentina, Colômbia, El Salvador, Equador, Panamá e Venezuela. Na última reunião em Bogotá, dias 28 a 30 de abril, a Rede regional assumiu o desafio de impulsionar alianças e cenários de diálogo e trabalho com organizações religiosas, civis e meios de comunicação nos países onde ela está presente.
Fonte: ALC