A defesa dos valores da família é, segundo o pastor Luciano Subirá, o principal motivo para que os cristãos se oponham, em termos de sociedade, à difusão da ideologia de gênero, a fim de evitar que a autoridade dos pais sobre os filhos não seja anulada.
O pastor fez questão de ressaltar que a oposição no campo das ideias não se trata de propagar o ódio, e sim, uma definição de postura marcada por princípios e valores. Esse comportamento, segundo ele, pode evitar que a minoria se imponha sobre a maioria.
“Nós como cristãos podemos defender aquilo que é nosso de direito, de acordo com a Palavra de Deus em Atos, no capítulo 16, quando o apóstolo Paulo foi preso na cidade de Filipos. A Bíblia diz que eles fizeram um julgamento. Eles foram açoitados presos sem passar por uma formalidade e no dia seguinte as pessoas da cidade disseram para o carcereiro mandar ele embora, que estavam livres”, contextualizou.
“O que vemos é o exemplo de alguém que entende que além de cristão tem uma cidadania e que existem direitos pelos quais devemos lutar e se posicionar. Eu quero deixar claro: nós como cristãos temos o direito de lutar pelas leis que protegem as nossas crianças e este é o assunto por trás da ideologia de gênero”, afirmou Subirá.
A omissão não é uma opção, defendeu o pastor: “Em primeiro lugar Deus é amor, mas o amor de Deus não significa que Deus concorda com pecador na sua prática do pecado. Pelo contrário, Deus ama o pecador para que ele se arrependa. É óbvio que nós temos que amar a todos, mesmo aquele que defende a ideologia de gênero, [com] a qual nós não concordamos. No mínimo a gente deve educação e bom senso. Jesus diz que a gente deve tratar os outros como a gente é tratado”, enfatizou.
“Jesus mandou ‘amar o próximo como a ti mesmo’. Que amor é esse que me leva a respeitar quem quer uma ideologia que vai ferir a minha família, os meus filhos? E o amor pela família?”, questionou. “Precisamos também entender o que é esse posicionamento”, asseverou.
Subirá acrescentou que é preciso “esclarecer o que a gente pensa sobre a ideologia de gênero”, para que não exista confusão e acusações de ódio. “Não estamos falando de uma opção sexual”.
“Então se nem Deus viola o livre arbítrio, mesmo daquele homem que decide ficar perto do pecado, Deus não vai fazer com que ele use os princípios da obediência contra sua vontade. Não podemos achar que vamos nos posicionar contra quem pensa diferente na nossa sociedade e elas serão obrigadas a pensar no que cremos”, prosseguiu.
“A ideologia de gênero não tem a ver com a escolha de identidade sexual. A ideologia de gênero é uma tentativa de um pequeno grupo, uma minoria, que tem feito muito barulho, tentando usar a máquina do governo, as forças da lei, para tirar da família e dos pais a autoridade de como instruir os filhos”, concluiu. Assista: