A funkeira Ludmilla afirmou que acredita em Jesus Cristo e que não se considera católica ou evangélica, devido às doutrinas das duas tradições que ela rejeita para viver seu estilo de vida.
Homossexual, a artista carioca vive com a dançarina Brunna Gonçalves e concedeu uma entrevista expressando suas queixas sobre as críticas contundentes que sofre nas redes sociais, e também de racismo.
Ao jornal O Globo, ela afirmou que iniciou uma célula em sua casa para receber pessoas que não se encaixam nas igrejas, mas desejam praticar uma religião: “Não sou evangélica ou católica. Acredito em Jesus Cristo. Não estou generalizando, mas muitas igrejas acabam expulsando as pessoas por causa de roupas ou por quem elas escolheram amar. Minha célula é para essa gente que não se sente acolhida no templo, mas quer estar próxima de Deus”, declarou.
“Todo mundo é bem-vindo, mas não permito celular ou que perturbem meus amigos famosos. São minhas regras”, acrescentou.
Há dois meses, a artista afirmou que lançará um álbum de músicas gospel, e que a ideia desse projeto surgiu exatamente desses encontros que acontecem em sua casa. “Ele falou comigo e pediu para que eu criasse a big célula, chamando mais gente para os encontros. Agora, pediu para que eu levasse a palavra d’Ele para mais gente e escrevi algumas canções. Sou compositora e estou aproveitando para escrever músicas para o meu pai, Deus”, afirmou ela na ocasião.
Fora das redes sociais por conta das críticas que recebe – Ludmilla fez apologia ao uso da maconha em uma de suas músicas, rejeita o cristianismo e critica quem não aceita sua doutrina customizada – a artista afirmou que se cansou de ser alvo e suspendeu o uso das plataformas.
“Costumo não me importar, mas imagina você apanhar todos os dias? Uma hora cansa. Dói! É difícil, sim, por isso, precisei desse tempo offline. Organizei as ideias, me fortaleci e, principalmente, entendi que esse ódio gratuito não é meu e não vai me vencer. Sou ser humano e, às vezes, me sinto esgotada, mas me refaço”, declarou.
“É o compromisso que tenho comigo e com o meu público. Comentários racistas me dão nojo. Parece que o mundo está evoluindo, mas ainda tem muita gente atrasada”, desabafou, explicando que costuma ser alvo de injúrias raciais.
Declarar: “eu sigo Cristo, não doutrinas” É o mesmo que dizer: “Eu amo minha esposa, mas odeio quando ela abre a boca”. Ou: “Eu quero ter Cristo como um mestre, mas não quero ouvir o seu ensino”.
— Faça discípulos ou morra tentando, Yago Martins
— Yago Martins, do Dois Dedos de Teologia (@doisdedosdeteo) January 11, 2021