O presidente venezuelano Nicolás Maduro não dissimula democracia e liberdade apenas em seu regime político. Ao que parece, no âmbito religioso o ditador socialista também faz o mesmo, visto que intolerância e cristianismo são incompatíveis. Mesmo assim, ele fez um pronunciamento apelando para os líderes religiosos do seu país para que “rezem” por ele.
“Peço-lhe que rezem por mim, peço que me deem suas bênçãos e peço a paz e o futuro da Venezuela”, disse Maduro durante o “Congresso Venezuelano de Cristãos pela paz”, realizado na última quarta-feira (30).
O apelo de Maduro aos líderes cristãos se deve ao apoio cada vez menor da população ao seu regime bolivariano. A Confederação de Igrejas Cristãs na Venezuela, por exemplo, já reconheceu o presidente interino, Juan Guaidó, como alguém capaz de liderar o país, mostrando claramente que rejeita o atual governo.
Na quinta-feira (31), o Parlamento Europeu também reconheceu o líder oposicionista Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela, fazendo com que todos os países do bloco sejam pressionados a fazer o mesmo. O órgão havia dado um ultimato ao presidente venezuelano para que ele aceitasse antecipar às eleições presidenciais, o que não ocorreu.
Sem apoio internacional e da sua própria população, Maduro resiste porque ainda mantém uma base de apoio militar, aproveitando enquanto isso para criticar os opositores e apelar para a religião:
“Eu sou um cristão de verdade, não um enganador, não como os fariseus hipócritas. Sou um cristão de Cristo”, disse Maduro na quarta, voltando a dizer que está sendo alvo de um plano orquestrado por Donald Trump para matá-lo.
“Peço toda a força, a sabedoria, peço amor suficiente para levar o país a um destino melhor, para um destino mais elevado. A cada dia que passa estou mais crente e tenho mais fé em Deus e na força de Cristo, porque ele me acompanha, me abraça, me protege com seu manto sagrado”, conclui o ditador. Com informações: Gospel Prime.