A atuação de dois figurões da política nacional com uma aparente coordenação para derrubar o presidente Jair Bolsonaro foi tema de um longo vídeo do pastor Silas Malafaia, que vê um “pacotão” conspiracionista entre ministros do Supremo Tribunal Federal, Rodrigo Maia (DEM) e João Doria (PSDB) com apoio da grande mídia.
Para Malafaia, a situação envolvendo a pandemia de coronavírus foi encarada pelos adversários políticos do presidente da República como uma oportunidade de causar problemas ao governo federal.
“A coisa é muito séria e muito feia: STF, OAB, Rodrigo Maia, [João] Doria, imprensa… todo mundo no pacotão para tentar ferrar o presidente Bolsonaro”, introduziu Malafaia.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) aproveitou para se opor ao clamor de um pequeno setor entre os cidadãos que apoiam Bolsonaro, que enxergam uma intervenção militar, com fechamento do Congresso Nacional e do STF como solução: “Ninguém de bom senso vai concordar com fechamento de Congresso e fechamento de STF, essa conversa é de gente doida. […] Isso levaria o país a um caos sem precedentes, então, não concordamos com isso”.
Para o líder evangélico neopentecostal, a atuação da imprensa é parcial, já que quando o governador paulista anunciou que rastrearia os aparelhos celulares da população para monitorar o cumprimento do isolamento social, não houve questionamento a respeito da violação de direitos dos cidadãos garantidos pela Constituição Federal
“Um violento desrespeito às garantias individuais do artigo 5° da Constituição […] Ninguém falou nada, ninguém criticou. Vocês já imaginaram se Bolsonaro baixa um decreto dizendo que fez um acordo com as empresas de telefonia para monitorar onde cada brasileiro anda? Ia ser o maior escarcéu”, opinou.
Outra evidência do viés de oposição sistemática na postura da imprensa é o bombardeio de opiniões contrárias ao governo: “O jogo é tão nojento, tão sujo… [chama] ministro do STF para falar, senador, deputado federal, e fulano especialista em direito constitucional para falar. Doria falou [sobre violar direitos] nenhum problema. A imprensa ficou calada, essa imprensa omissa, partidária, que tem lado, deixou de ser imprensa e virou partido político”.
“Uma palhaçada, uma tremenda de uma safadeza, orquestrada”, acusou Malafaia, que explicou a origem do antagonismo, segundo seu ponto de vista, ao presidente: “Muito simples! Bolsonaro cortou as verbas bilionárias da imprensa. Você lembra? Os governos Lula deram para a mídia R$ 16 bilhões. Só na chegada do primeiro ano Bolsonaro cortou mais de um bilhão e ainda enviou uma proposta para cortar a publicação de balanços por jornais. Mais 1,5 bilhão por ano. Os caras estão malucos”.
“Jornalistas top, famosos, foram cooptados de maneira vergonhosa com palestras milionárias e palestras do nada, só para serem cooptados para calar [as críticas] em relação ao governo [da época]. Então, esses caras estão malucos, querem derrubar o cara [Bolsonaro], têm que minar a autoridade dele de qualquer jeito!”, acrescentou.
Ambição
O desejo do presidente da Câmara dos Deputados de alcançar cargos mais altos na República também foi abordado por Malafaia, que enxerga uma aliança do parlamentar – reeleito deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2018 com apenas 70 mil votos – com o governador de São Paulo.
“Todo mundo sabe que Rodrigo Maia está mancomunado com Doria para as eleições de 2022 e esse cínico, que desde o dia 03 de fevereiro sabia que a pandemia estava aí por informe do Ministério da Saúde, com a sua ganância de poder, sua ganância de mostrar o melhor, permitiu o carnaval e ainda disse que ‘fiquem tranquilos, não precisa ficar apavorado’”, criticou.
Ambos são movidos por “interesses mesquinhos de poder”, disse Malafaia. “Aí você tem Doria, que quer ser candidato a presidente em 2022; Rodrigo Maia que apoia Doria, e que também a mídia favorece, porque qualquer um que se levantar contra Bolsonaro, a mídia infla: ‘se é pra meter o pau no presidente nós damos espaço’”, reiterou.
“O que eu fico achando engraçado no Rodrigo Maia… eu acho que ele tem memória curta. O Lula chamou o partido dele de DEMônio. Quando a esquerda estava no poder, esculhambaram com o partido de Rodrigo Maia. E agora, nós temos um cara da direita no poder e ele faz o joguinho nojento dessa esquerda pilantra que arrebentou o Brasil”, concluiu.