Uma menina de 13 anos, Leyani Domínguez Velasquez, foi presa pela segunda vez em menos de uma semana pela polícia política na cidade de Buenaventura, no município de Calixto Garcia, na província de Holguín. As prisões fazem parte de uma campanha repressiva contra seu padrasto, Delmides Fidalgo Lopez, pastor e presidente do Movimento Cristão de Cuba.
Segundo informações fornecidas por Juan Carlos González Leiva, advogado e presidente da Fundação para os Direitos Humanos de Cuba, em 5 de fevereiro, um oficial da Segurança do Estado e outro agente responsável pelos menores em Buenaventura, trancou a adolescente no escritório da administração da Escola Secundária de Buenaventura, onde ela estuda. Os oficiais tentaram forçá-la a declarar que seu padrasto a havia molestado. González Leiva assegurou que os oficiais ameaçaram transportá-la para Havana para submetê-la ao detector de mentiras se ela não concordasse; eles também queriam informações sobre as atividades cristãs independentes e pró-democracia de Fidalgo Lopez. O interrogatório durou uma hora.
De acordo com a jornalista independente Tania Maceda Guerra, em 2 de fevereiro, a jovem foi presa às 16h25 pelo capitão Cláudio, da Polícia Revolucionária Nacional, quando ela voltava da escola para casa. “O capitão forçou a menina a entrar no carro de polícia, e depois a ameaçou e usou métodos de terror psicológico e coerção para forçá-la a falar, dizendo que ela poderia ser presa se não o informasse sobre as atividades ‘contra-revolucionárias’ de seu padrasto”. Uma hora depois, Leyani foi liberada depois de começar a gritar desesperadamente.
De acordo com Tania, os oficiais que pegaram a menina também ameaçaram levá-la para a prisão juvenil, e asseguraram a ela que seu padrasto seria preso em uma prisão de segurança máxima.
O pastor Delmides Fidalgo Lopez fundou o Movimento Cristão de Cuba em dezembro de 2005, e é o atual presidente da entidade. O grupo de pastores e outros cristãos se dedica a pregar o evangelho de Cristo, independentemente do Estado cubano. Fidalgo Lopez também colabora com a Fundação para os Direitos Humanos de Cuba e mantém uma atitude cívica de denunciar violações dos direitos humanos que são cometidas em Cuba.
Fonte: Portas Abertas